O caminhoneiro Luiz Alberto Bernadino da Silva foi condenado a 29 anos de prisão, em regime fechado, pela morte da estudante de fisioterapia Giovanna Tenório, ocorrida em 2011. O julgamento, conduzido pelo juiz John Silas da Silva, foi concluído na noite desta quinta-feira (28), no Fórum do Barro Duro.
Luiz Alberto ainda foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 10 mil aos familiares da vítima. Os jurados acataram a tese da acusação e condenaram o réu por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto simples.
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"A conduta do réu se demonstrou altamente reprovável, por ter agido de forma demasiadamente agressiva, haja vista a pluralidade de meios empregados para assegurar a morte da jovem, com golpes de instrumento contundente em diversas regiões do corpo e meio mecânico de asfixia, como se infere do laudo cadavérico", afirmou o juiz John Silas da Silva, que presidiu o julgamento.
Pelo crime de homicídio, o magistrado aplicou a pena de 24 anos e seis meses. Já pela ocultação de cadáver, o réu foi condenado a dois anos de reclusão. Pelo furto, a dois anos e seis meses, totalizando 29 anos de prisão.
A acusação ficou a cargo do promotor de Justiça Antônio Villas-Boas e do assistente de acusação Welton Roberto. A defesa do réu, por sua vez, foi feita pelos advogados Thiago Mota e Ricardo Moraes, que informaram que irão recorrer da decisão.
Durante o interrogatório, o caminhoneiro Luiz Alberto, apontado como autor material do crime, disse que não teve envolvimento com o crime. Ele disse que no dia do assassinato fez a entrega de frutas e foi para casa alimentar seus cachorros. Logo depois seguiu para a casa da mãe, no Eustáquio Gomes.
Em relação ao celular da vítima, que foi encontrado em sua posse, afirmou ter comprado o aparelho no dia seguinte por R$ 40.
Entenda o caso
De acordo com os autos, Giovanna Tenório desapareceu no dia 2 de junho de 2011, por volta das 12h30, nas proximidades da Faculdade de Fisioterapia do Cesmac, no bairro do Farol. O corpo da estudante foi encontrado dias depois, em um canavial na Fazenda Urucum, situada entre os municípios de Rio Largo e Messias.
De acordo com o processo, no dia do desaparecimento, a vítima usava um celular Nokia de cor rosa, que teria recebido a última ligação às 12h06 e só voltou a ser acionado no dia seguinte ao seu desaparecimento.
Ainda segundo o processo, a mandante do crime seria Mirella Granconato Ricciardi, que teria descoberto o envolvimento da estudante com o marido dela, Antônio de Pádua Bandeira, também apontado como autor intelectual.
O júri de Mirella Granconato está marcado para o dia 11 de outubro, às 8h, no Fórum de Maceió. Ela será julgada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.