Uma demolição de cerca de 30 casas ocasionou um protesto de moradores do São Jorge na manhã desta quinta-feira (9). Indignados com a ação, os manifestantes fecharam parte da Avenida Josefa de Mello, alegando estar amparados por liminar judicial e que não há nenhuma ordem da Justiça determinando a derrubada dos imóveis.
Dezenas de pessoas que vivem na região foram surpreendidas por militares no início desta manhã. A guarnição informou que todas as casas seriam demolidas porque foram construídas irregularmente em uma área pertencente a uma construtora.
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Os moradores, por sua vez, questionaram aos policiais se havia algum mandado de reintegração de posse, mas, segundo eles, não foi apresentado nenhum documento que comprovasse a demolição. Na mesma hora, os "proprietários" tentaram argumentar, alegando que possuíam uma liminar que garantia a permanência deles no local e sem prazo determinado. Além disso, todos os moradores construíram as casas e alguns estão no local há quase 20 anos.

Inconformados e indignados com a situação, todos os moradores se reuniram e realizaram um protesto, interditando parte da Josefa de Mello, ateando fogo em pneus, como forma de chamar a atenção para o que alegam ser um "descaso".
CONFIRA, NA ÍNTEGRA, NOTA DO MUNICÍPIO
A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) participa da desapropriação de um terreno particular no Sítio São Jorge. A ação está sendo realizada pelo Poder Judiciário, em parceria com o Gerenciamento de Crises da PM/AL, Bope, Bptran, Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar, Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e Eletrobras .
Cerca de 400 famílias estão ocupando o local irregularmente. A Semas encaminhará essas famílias para o Centro de Atendimento Sociassistencial (Casa) no bairro do Prado para avaliar se elas têm o perfil para receber benefícios eventuais, como o Auxílio Moradia, e inclusão no Cadastro Único (Cadúnico) para programas sociais.
