Sindicatos e movimentos sociais realizaram uma manifestação, na manhã desta terça-feira (13), na Praça Dom Pedro II, no centro de Maceió. De lá, eles seguiram em caminhada em direção ao Palácio República dos Palmares. O ato teve como objetivo apontar equívocos presentes nas políticas de governo, em suas três esferas: estadual, municipal e federal.
Intitulado de "Natal do 0%", o protesto foi encabeçado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), que focou a "política antieducação" do Governo do Estado, com a secretária da entidade, Girlene Lázaro, classificando-o como "antidemocrático".
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"É 0% porque foi 0% de aumento, de valorização. Além disso, ainda temos que lidar com as ameças. Não podemos sequer lutar por melhorias, já que logo surgem as ameças por parte de secretário e de coordenadores, mesmo com a categoria garantindo a reposição dos dias parados. É um governo que se diz democrático, mas que não age como tal".
Já quanto à Prefeitura, a reclamação diz respeito ao atraso no pagamento das progressões. "No início do ano, foi acertado que o pagamento sairia em novembro. Já estamos em dezembro e, até agora, nada foi pago. Uma secretaria fica jogando a responsabilidade para a outra, sem que ninguém resolva o problema", disse.
Além de debater as questões locais, a manifestação também se reportou às medidas apresentadas pelo governo federal, como a PEC 55 - votada no Senado e que estabelece um teto de gastos para os próximos 20 anos, o que comprometeria os investimentos em áreas consideradas essenciais, como Educação e a Saúde -, além das reformas da Previdência e do Ensino Médio.
"Lutamos para barrar a PEC 55, que retira direitos e vai cortar investimentos por duas décadas, inviabilizando concursos públicos e tornando o serviço ainda mais precário. É uma escolha do governo ilegítimo que aí está e que, ao mesmo tempo, investe em áreas que não são prioridade à população", destacou Élida Miranda, integrante da CUT.
