Presidente em exercício da Chapecoense após a morte de Sandro Pallaoro, Ivan Tozzo deu entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", publicada nesta sexta-feira, em que explica que planeja processar a LaMia, empresa contratada para fretar o voo que acabou vitimando 71 pessoas, entre elas parte do elenco, diretoria, comissão técnica do clube, além de jornalistas. Segundo o atual mandatário, há uma preocupação sobre a empresa aérea não ter feito o pagamento da apólice de seguro. No entanto, no contrato feito pela Chape, consta a obrigação da empresa de fazer o seguro.
- Nós fizemos um contrato baseado na lei e obrigando eles (LaMia) a fazerem um seguro também para viagem, que foi constatado no contrato. O contrato é de até US$ 50 milhões de dólares. O voo foi contratado dia 24 ou dia 25 e a viagem estava programada para o dia 28. Não tivemos ainda a oportunidade de checar se eles fizeram o pagamento desta apólice, deste contrato. O nosso contrato tem essa cláusula. Agora, ficamos preocupados com essa possibilidade de eles estarem falidos e não terem pago esta apólice. Temos uma equipe de procuradores federais para tratar desta parte jurídica. Eles vão fazer essa investigação toda. Temos o contrato assinado e tudo documentado. Temos essa preocupação, mas nosso clube está bem organizado, foi tudo bem feito na questão da apólice de seguro. Vamos processar eles (LaMia) com certeza - disse Pozzo.
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O atual mandatário ainda lembrou que ele estava na primeira lista de embarque para a Colômbia feita pelo clube, mas que acabou desistindo dois dias antes da viagem por assuntos pessoais. Segundo Pozzo, não houve "pressentimento", apenas uma questão de não estar se sentindo bem para viajar e preferir passar o fim de semana com a família.
- Tínhamos combinado de viajar para ver a final. Desde o primeiro jogo contra o San Lorenzo ( na semifinal), acertamos isso. Fizemos uma grande festa na Argentina e queríamos repetir na Colômbia. Tenho certeza de que iríamos ganhar o jogo. Nosso time estava muito focado. A comissão técnica, a diretoria e a torcida. Meu nome estava na relação, mas no sábado avisei que não iria mais. Não tive pressentimento. Apenas não estava me sentindo bem. Liguei para a minha mulher (Rosana) e avisei que ia passar o final de semana com a família. Deus está levando estas pessoas porque são vencedores. Estamos ficando aqui para cumprir a nossa missão - afirmou.
Nos últimos dias, além de terem recebido inúmeras homenagens de toda a parte do mundo, a Chapecoense ainda ganhou a solidariedade de outros clubes brasileiros, que se mostraram disposto a conceder empréstimo de jogadores sem custo algum para os catarinenses. Pozzo disse que o clube irá analisar, mas que deve aceitar sim algumas ofertas, de acordo com o planejamento.
- Se for desta maneira que a CBF afirmou, dos clubes emprestarem os jogadores sem custo, acho uma atitude fantástica. Vamos analisar a lista porque pode ter cinco laterais e vamos precisar de apenas dois. Desde já agradecemos à CBF e aos clubes por essa solidariedade com a gente.
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