Um grupo de taxistas realizou, na manhã e início da tarde desta quinta-feira (3), um protesto contra o funcionamento do Uber em Maceió. A concentração aconteceu no estacionamento de Jaraguá e reuniu mais de 100 motoristas, contando com o apoio do Batalhão de Polícia de Trânsito (Bptran) e da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), cujos agentes orientaram os condutores que trafegavam pela região.
A carreata também passou pelo bairro do Farol e, segundo um dos diretores do Sindicato dos Taxistas de Alagoas (Sintáxi), Thiago Holanda, seguirá até a sede da SMTT, no Tabuleiro do Martins. Antes, porém, fizeram uma parada no prédio do Ministério Público Estadual (MPE), no bairro do Poço.
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"Vamos formar uma comissão para debater a questão com estes órgãos. A SMTT já demonstrou apoio às nossas reivindicações. O Uber não pode circular na capital alagoana porque existe uma lei municipal que proíbe o serviço em Maceió. Além disso, também cobramos uma ação mais enérgica por parte da polícia, a fim de que os motoristas que circulam em situação irregular sejam presos. Afinal, até agora, conseguimos apenas impedir o embarque de clientes do Uber", explica Thiago.
Somente em Maceió, segundo o sindicato, já são mais de 3.500 motoristas de táxis cadastrados. José Dailton é taxista há 15 anos e fez questão de participar da mobilização. Ele diz que sempre procurou melhorar o próprio serviço e que, ainda assim, o Uber é visto como uma ameaça à classe.
"Ainda não notamos prejuízo com a chegada do Uber, mas este protesto é justo porque a circulação deles é ilegal. Sendo assim, como é que poderão proteger os próprios usuários?", questiona Dailton, acrescentando que os riscos, segundo ele, não se limitam aos clientes do Uber.