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Cheirinho de bronze! Caio Ribeiro leva medalha inédita na canoagem no Rio

Competindo em casa na Lagoa Rodrigo de Freitas em frente à sede do Flamengo, clube que lhe abriu as portas, carioca de 30 anos vai ao pódio

Que cheirinho é esse na Lagoa Rodrigo de Freitas? É cheirinho de bronze! Nascido no Rio de Janeiro e torcedor fanático do Flamengo, o canoísta Caio Ribeiro, de 30 anos, competiu bem em em frente à sede do clube do coração, na Zona Sul da cidade, e se deu bem, conquistando sua primeira medalha paralímpica no quintal de casa. Dessa forma, ele é o primeiro competidor da história do Brasil a subir ao pódio nessa modalidade, que faz sua estreia no programa da Paralimpíada em 2016. A batalha foi duríssima, e Caio até parecia ter chance de ficar com o ouro, mas o ucraniano Serhii Yemelianov fez o tempo de 39s810 e sagrou-se campeão. A medalha de prata foi para o alemão Tom Kierey, com 39s909. O brasileiro cravou 40s199.

- Então, eu não consegui assistir porque tive que descansar (risos). Eu sou Flamengo e é muito maneiro poder remar na Lagoa, onde também é a sede do clube. Eu agradeço muito ao Flamengo pelo que me deu oferecendo as suas instalações para o meu treinamento. Estou muito feliz - comentou Caio Ribeiro, lembrando que o Rubro-Negro abriu as portas a ele para treinar no ciclo paralímpico e se referindo ao empate em 1 a 1 entreFlamengo e Palmeiras, em São Paulo, válido pelo Campeonato Brasileiro, resultado que manteve a equipe carioca na segunda colocação, com 47, e o time paulista na liderança, com um a mais.

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- Foi dever cumprido entre aspas, porque meu objetivo aqui era ganhar a medalha de ouro. Fico triste por não ter levado a de ouro, peço desculpas por isso, mas fico contente de outra forma, por marcar a canoagem na estreia na Paralimpíada. Uma parte do objetivo foi alcançada. Estou feliz pelo show que a organização deu. Pudemos mostrar ao mundo inteiro que o Brasil é capaz e fiquei feliz demais de representar meu país e poder ter subido no pódio - relatou Caio, conhecido no meio por se cobrar bastante e ser muito obstinado.

Caio Ribeiro sempre foi um apaixonado pelo esporte. Ele é sobrinho de João Luiz Ribeiro, primeiro brasileiro a representar o país em uma edição da Olimpíada (Moscou 1980) na ginástica artística, e primo de Fernando Margarida, tricampeão mundial de jiu-jítsu. O carioca praticou futebol, chegando a jogar no São Cristóvão, atletismo, basquete, judô, entre outras modalidades, mas se encontrou na canoagem velocidade.

- Meu primo é tricampeão no jiu-jítsu, meu tio foi o primeiro na ginástica artística em Moscou, mas eu fiz história agora, porque eu medalhei (risos) - brincou o atleta.

No dia 3 de julho 2011, ele teve de amputar a perna esquerda após um acidente moto no bairro da Tijuca, na Zona Norte da cidade. O atleta foi criado nos Estados Unidos, para onde se mudou ainda criança depois da morte de seu pai, Marcos Vinicius, vítima de um crime. Ele teve oportunidade de estudar e praticar esportes no país, mas acabou optando por voltar ao Rio. E valeu a pena. Nesta quinta-feira, após a conquista inédita do bronze, foi ovacionado pelo público a acarinhado pelos amigos - que foram à Lagoa usando uma camisa com o apelido "Gold Saci", saci de ouro em português.

A canoagem velocidade entrou no programa paralímpico pela primeira vez na Rio 2016, mas apenas com disputas do caiaque. Caio Ribeiro foi bicampeão mundial no V1 LTA, a canoa polinésia (ou Va'a), sua especialidade, que ficou fora do megaevento. Dessa forma, o carioca precisou se adaptar à nova embarcação nos últimos tempos. Na Paralimpíada, apenas provas curtas, de 200m, foram disputadas na Lagoa Rodrigo de Freitas. Ao todo, foram três classes funcionais: KL1, KL2 e KL3.


				
					Cheirinho de bronze! Caio Ribeiro leva medalha inédita na canoagem no Rio
FOTO: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

- Eu concordo que se fosse a canoa seria muito melhor. Venho nos últimos cinco anos trabalhando em cima dela. É minha modalidade favorita. Há um ano e três meses, tive que fazer uma mudança de embarcação de emergência. Muda a técnica, muda o remo. Foi muito difícil. Fiz de tudo para manter o foco e treinar muito mais do que eu treinava para realizar meu sonho de competir a Paralimpíada em casa. Não foi fácil fazer essa mudança, mas mantive o foco e isso foi o mais importante. A energia da galera do Brasil me deu aquele gás.

KL1: Luis Carlos Cardoso fica em quarto

Antes da prova de Caio Ribeiro, o outro representante do Brasil, Luis Carlos Cardoso disputou a final do KL1 masculino. Ele se esforçou muito, mas chegou na quarta colocação na prova. Quem venceu foi Jakub Tokarz, da Polônia, com o tempo de 51s084. O medalhista de prata foi Robert Suba, da Hungria, com a marca de 51s129. O terceiro colocado foi Ian Marsden, da Grã-Bretanha, com 51s220. O piauiense de 31 anos fez 51s631.

- Estava muito vento, mas isso não é desculpa. Tenho que parabenizar a galera que ganhou. É mérito deles. Com certeza, temos que estar preparados para tudo. Infelizmente não veio, mas isso não me desmotiva. Vou tentar mais um ciclo e, quem sabe, em 2020 não vem? Espero que a canoa entre em 2020, porque já venho treinando há muito tempo na canoa para estar aqui. Ficarei muito feliz se entrar - avaliou Luis Carlos.

Na primeira prova desta quinta-feira, a modalidade teve a confirmação de sua primeira campeã olímpica. Trata-se de Jeannette Chippington, da Grã-Bretanha, que venceu o KL1 200m feminino com o tempo de 58s760. A alemã Edina Muller terminou em segundo lugar, com a marca de 58s874. Kamila Kubas, da Polônia, foi terceiro lugar, ficando com 1m00s232.

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