Um dia após a eliminação pela Copa do Brasil, a diretoria executiva do ASA anunciou o afastamento temporário do clube durante coletiva nesta sexta-feira (29). O alvinegro deve ser comandado, pelo período mínimo de 30 dias, pelo presidente do Conselho Deliberativo, Fabrízio Almeida.
O licenciamento se deve, sobretudo, à crise financeira que o clube enfrenta desde que foi rebaixado da Série B do Campeonato Brasileiro, em 20013. A diretoria encontrou dificuldades para fazer investimentos no time e até mesmo para pagar a folha salarial.
Leia também
"A nossa intenção é abrir um debate, abrir uma lacuna, para que o Conselho e a cidade de Arapiraca possam entrar num consenso e encontrar uma solução para o momento em que o clube passa. É uma situação difícil", explicou o presidente Bruno Euclides.
Durante a coletiva, Euclides afirmou que a direção executiva chegou "ao limite" e pediu que "a sociedade" entenda o momento. "Preferimos assim, um licenciamento, a princípio, para não gerar uma ruptura total e para gerar um momento de discussão. O grupo está extremamente esgotado, chegou ao limite do que tinha para fazer e para dar para o clube. Sozinhos, nós não suportamos mais suportar esse peso e esse fardo. Espero que a sociedade entenda o momento e que possamos juntos encontrar uma solução".
Novos rumos
Visivelmente emocionado, o presidente do ASA afirmou que ainda não há uma definição sobre uma possível nova gestão. Bruno Euclides ressaltou que a decisão da direção executiva de se licenciar aconteceu de forma consensual e que vinha sendo desenhada ao longo de reuniões realizadas pelos dirigentes nos últimos dias.
"Não há nada definido sobre uma nova direção, mas tomamos a decisão de nos afastar para que uma solução possa ser encontrada o mais rápido possível. Não é nossa intenção se acovardar ou se omitir. Por mais que possa parecer isso. A nossa intenção é dar o espaço para uma grande discussão e demonstrar que não temos apego ao cargo", frisou o presidente.
O ASA tem enfrentado dificuldades financeiras há, pelo menos, dois anos. Em 2014, o clube fechou o ano com um prejuízo de R$ 660 mil. No ano passado, o prejuízo acumulado R$ 597 mil. Este ano, o alvinegro está em dívida com a folha salarial de março.