A polícia de Burkina Faso resgatou neste sábado, do hotel Splendid, na capital em Ouagadogou, 126 reféns, entre eles o ministro Clément Sawadogo, após um ataque que deixou ao menos 27 mortos nesta sexta-feira. A informação foi confirmada pelo ministro de Segurança do país, segundo a agência Reuters.
De acordo com a Reuters, três jihadistas do grupo Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), que assumiu a autoria do ataque, foram mortos em operação do exército no hotel. Um quarto foi morto em fuga.
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As forças de segurança contam com a colaboração de militares americanos e franceses. Os mortos no ataque pertencem a 18 nacionalidades diferentes, afirmou o ministério da defesa do país. Duas das vítimas são francesas.
O ataque começou por volta das 20h locais (18h de Brasília), quando pelo menos três indivíduos mascarados entraram no hotel Splendid, um dos mais frequentados por estrangeiros e funcionários da ONU, e efetuaram vários disparos.
Os terroristas teriam detonado um carro-bomba na entrada do hotel antes da invasão, relataram testemunhas à imprensa local.
"A situação que estamos enfrentando desde ontem em Burkina Faso não tem precedentes", disse o presidente, Roch Marc Christian Kabore, ao visitar o local do ataque. "Estes são atos vis e covardes e as vítimas são pessoas inocentes".
"Pedimos que o povo de Burkina fique vigilante e corajoso, pois precisamos incluir os ataques terroristas como parte integral de nossa luta diária", continuou.
O país teve recentemente sua primeira eleição presidencial desde um golpe e estado ocorrido no ano passado. O golpe derrubou o ditador Blaise Compaore, que governou por 27 anos.
O mesmo grupo terrorista reivindicou a autoria do ataque contra o hotel Radisson Blu em Bamaco, a capital do Mali, em 20 de novembro do ano passado, que causou a morte de 19 pessoas.