Após a greve dos caminhoneiros, que nesta segunda chega ao 8º dia de manifestações, o preço de diversos produtos subiu, como é caso dos combustíveis, fruto das contestações dos grevistas. A gasolina, por exemplo, já chega aos R$ 4,90 e, de acordo com o Sindicombustíveis o valor ainda deve aumentar, se aproximando dos R$ 5, e que dificilmente o valor venha diminuir.
Em entrevista ao Bom Dia Alagoas, daTV Gazeta, João Cox, tesoureiro do Sindicombustíveis, afirmou que até o fim desta semana o litro da gasolina deve chegar aos R$ 5 em Alagoas. "Inevitavelmente esse valor vai ter que ser repassado para a população, no mês de junho o valor vai estar acima dos R$ 5, não tem como", disse o tesoureiro do sindicato que também é empresário no ramo de combustíveis.
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E tem quem afirme que já encontrou valores acima do estimado. Um dos entrevistados apontados na mesma reportagem do Bom Dia Alagoas informou que abasteceu seu veículo com gasolina e o valor do litro estava por R$ 6,30. "Um absurdo, abasteci por R$ 6,30 e só tinha um tipo de gasolina, a qual estava nesse valor", lamentou.
O Sindicombustíveis questionou diversas situações que podem ter levado ao aumento dos valores. "Foi anunciado que a lucratividade da Petrobras, nos três primeiros meses do ano, foi de sete bilhões. Será é necessário uma lucratividade dessa?", disse o vice-presidente do sindicato, Adriano Bandeira.
Em entrevista àTV Mar, Adriano informou que em média 40% do que os caminhoneiros ganham com as viagens são destinados aos impostos federais ou ICMS. E relatou que a alta nos combustíveis tem sido registrada desde 2017, quando teve alta de 88% no diesel e 120% na gasolina saindo das refinarias, referindo-se aos tributos federais.
"Outro fator para o aumento é a política de precificação da Petrobras, que acontece diariamente", no entanto, o governo federal anunciou, na noite do domingo (27), a mudança desse tipo de precificação apenas para o óleo diesel, agora, as alterações nos valores acontecem a cada 30 dias, já para a gasolina a variação de preços continua ocorrendo diariamente.
"Com a política da Petrobras nós não temos visibilidade de estabilidade de preços para a gasolina", alegou o vice presidente, atribuindo que a alta nos valores dos combustíveis se deve a política de precificação da Petrobras. "Com isso o que é difícil de imaginar é que o valor combustível diminua", concluiu o vice-presidente do sindicombustíveis.