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Game discute preconceito contra religiões de origem africana

"A gata sob o ojá" será lançado este mês e convida jogadores à reflexão sobre o tema

Idealizado por um alagoano, o jogo de computador "A gata sob o ojá" vai ser lançado no próximo dia 11 de novembro, semanas antes do Dia da Consciência Negra. Com temática direcionada ao preconceito contra religiões africanas, o jogo é protagonizado por uma gata que veste um fio de contas e um ojá (objetos sagrados do candomblé).

O título nos convida a acompanhar a personagem em um breve trajeto de metrô. Durante o percurso, a gata interage com outros gatos passageiros que, apesar das diferentes abordagens, apresentam um comportamento comum perante a protagonista: a ignorância e a rejeição às suas vestes e às suas crenças.

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O game é uma adaptação brasileira de um jogo feito nos Estados Unidos e originalmente intituladoThe Cat in the Hijab,do designer e produtor Andrew Wang, que retrata a discriminação vivida por uma gata muçulmana. A criação do jogo ocorreu em apenas uma semana, durante o evento internacional ResistJam (ocorrido em março de 2017), onde desenvolvedores se reuniram na produção de jogos que questionassem variadas expressões de opressão e autoritarismo.

A ideia da localização brasileira (termo usado para se referir à tradução/adaptação de videogames de uma língua, ou cultura, para a outra) surgiu quando o tradutor alagoano Marcus Vinicius Santos, com formação em Sociologia, descobriu a ResistJam enquanto navegava pela internet. Interessado em fazer uma simples tradução do game de Andrew, Marcus Vinicius entrou em contato com o desenvolvedor. No entanto, ao longo das semanas que passaram, a ideia de uma localização que retratasse formas de preconceitos mais presentes no cotidiano brasileiro foi tomando corpo.

"Está muito claro que, no dia a dia do brasileiro, as piadas, xingamentos e depredações ao patrimônio das religiões de matriz africana as tornam as mais perseguidas e atacadas dentro de nosso país", afirma o localizador do jogo, que também se baseou em resultados de pesquisas para sustentar a escolha.

A adaptação do game buscou transformar tanto os aspectos textuais quanto visuais, para que o público brasileiro tivesse acesso a algo mais próximo da sua realidade. Para isso, além de se debruçar sobre materiais acerca do tema, o tradutor contou com a consultoria cultural de Marina Barreto, candomblecista que também reside em Maceió. "Marina foi crucial ao relatar dolorosas experiências pessoais de preconceito sofrido, dispondo-se a acompanhar todo o processo bem de perto".

Marcus Vinicius acredita que, apesar de ser bem simples e curto, o jogo pode provocar reflexões interessantes "ao colocar o jogador em posição de vítima e espectador de agressões tão presentes nas vidas dos brasileiros".

Afirma também enxergar uma recente tendência de produção de títulos que não visa à mera diversão dos jogadores, mas que trata a produção de videogames como veículos de conteúdo artístico e político: "São mais uma ferramenta a ser considerada para a educação de jovens, tanto em sala de aula, quanto no próprio cotidiano".

O game é gratuito e poderá ser baixado a partir do dia 11 de novembro emhttps://marcusvinicius.itch.io/a-gata-sob-o-oja.

Serviço:

A gata sob o ojá (jogo de computador)

Lançamento: 11 de novembro de 2017

Mais informações: Marcus Vinicius (localizador do jogo) 82 99645-0549 / [email protected]

Plataformas: Windows, macOS e Linux.

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