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Estudantes de teatro de Maceió fazem releitura de A Paixão de Cristo

Em 'A Trama', grupo da Escola Técnica de Artes da Ufal lança novo olhar sobre a história de Cristo; peça será no Deodoro

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| Foto: WOULTHAMBERG

Textos bíblicos, evangelhos apócrifos, elementos cinematográficos e dramáticos. Esses são os retalhos que costuram a nova montagem da Escola Técnica de Artes da Universidade Federal de Alagoas (ETA-Ufal), que apresenta a peça teatral ‘A trama’ nos dias 28 e 29 de março, no Teatro Deodoro, às 19h30. Com entrada gratuita, a encenação traz à luz novas visões sobre “A Paixão de Cristo”, com dramaturgia criada a partir dos olhares dos próprios alunos.

O espetáculo é dirigido por Alex Cerqueira, responsável pelas disciplinas ligadas à visualidade cênica na ETA. A peça surge a partir da construção da atmosfera cênica com elementos visuais comuns de “A Paixão de Cristo”, com elementos de outras culturas, incluindo a alagoana. Segundo o diretor, a versão busca inovar, trazendo elementos, a começar pelo nome, diferentes do habitual. A ideia é não seguir o famoso roteiro dos espetáculos a céu aberto, nem das encenações que acontecem tradicionalmente em Alagoas, e, mesmo assim, contar a história de Cristo e como sua crucificação se sucedeu a partir da traição de um apóstolo e de uma trama política.

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“Já existe uma construção no imaginário das pessoas a respeito desse espetáculo e dessa história. Quando a gente apresenta a trama e trazemos para o palco, a gente trabalha uma outra visualidade, trazendo alguns elementos que contam a história de forma poética. Começamos com a cena do nascimento de Jesus, com a informação que ele nasceu predestinado para morrer e que nasceu para nos salvar. Então, quando Maria dá à luz, a gente já traz a presença da cruz, por exemplo, nesse primeiro momento”, pontua o diretor.

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| Foto: WOULTHAMBERG

Ele destaca também a importância não só de Maria como mãe de Jesus, mas também do sofrimento de outras mulheres que perderam seus filhos, de acordo com o contexto histórico. “A gente traz uma outra informação, que são as mães que choram a morte dos filhos, porque quando Jesus nasceu, várias mães perderam os filhos, pois Herodes mandou matar todas as crianças até três anos de idade, para tentar matar Jesus. Então, a gente começa o espetáculo nessa densidade: ao mesmo tempo que estava nascendo o Salvador, existia a dor de outras mulheres que tinham perdido seus filhos”, enfatiza.

A dramaturgia contada por outro viés – feita pelos próprios estudantes – conta com a participação de 43 artistas, sendo 18 atores formandos e participações especiais de ex-alunos convidados. De acordo com o diretor, a história é fruto do trabalho realizado pelo grupo a partir dos textos bíblicos, dos evangelhos apócrifos (que são evangelhos que não estão na Bíblia), além da inspiração em séries e filmes.

Para a estudante Débora Deboiá, que interpretará um dos elementos surpresa do espetáculo, o processo de construção dos personagens foi intenso para todos do elenco, principalmente por ser uma nova adaptação. “Tem a responsabilidade de adaptar uma obra já tão conhecida, repetida e clássica. Nossa preocupação foi de conseguir respeitar a história base do Novo Testamento e, ao mesmo tempo, inspirar o nosso processo de desenvolvimento na ETA como atores-criadores. Então, dentro dessa história clássica terão inúmeros elementos surpresas de performance, música, entre inspirações literárias e míticas. Vai ser um espetáculo épico”, disse.

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| Foto: WOULTHAMBERG

Já para o estudante Bruno Queiroz, que interpretará Jesus de Nazaré, participar da nova adaptação foi uma grande surpresa para todos da turma, que descobriu que encenaria “A Paixão de Cristo” no ano passado. Além disso, ele relata o quão recompensador vem sendo fazer parte do espetáculo, principalmente por ser da religião católica, que já costuma encenar o espetáculo nesta época do ano, na chamada Semana Santa. “O processo deste espetáculo começou em novembro, com o início das aulas, e o Alex fez uma grande surpresa para todos nós com a revelação, que essa seria a nossa jornada. Eu fiquei um pouco inseguro de bater no peito e falar que eu queria fazer o protagonista, mas o fiz. Falar sobre fazer Jesus, sendo uma pessoa que cresceu na Igreja Católica e que acredita que as coisas não são só coincidências, mas sim que tem um dedo d’Ele, é muito gratificante”, enfatiza.

Para a construção do personagem, Bruno fala sobre a preparação, além do apoio do diretor e o empenho do grupo. “A mudança na fisionomia, o cabelo e a barba, está tudo sendo feito, baseado e inspirado como pede o personagem. Abri mão de muitas coisas para dar vida a ele, não somente os traços físicos, como também os traços pessoais e espirituais. O Alex também ajuda muito, segurando a minha mão e a mão da turma para construir um espetáculo maravilhoso. A turma está dedicada, empenhada e lutando todos os dias pra construir um espetáculo incrível”, finaliza o ator.

Além da direção detalhista de Cerqueira, que lança seu olhar sobre cada aspecto de suas produções — a exemplo das cruzes que aparecem na peça e que são assinadas pelo artesão Petrônio Farias, da Ilha do Ferro — o espetáculo conta com Lucas Carvalho como assistente de direção e Waneska Pimentel na assistência de direção de elenco.

No elenco estão Alexandre Cavalcante, Bruno Queiroz, Carla Barbosa, Débora Deboiá, Eduardo Santtos, Elson Leandro, Jennifer Lorrane, João Godoy, Jonas Santos, Karine Santos, Karol Justino, Marina Bonifácio, Moniza Amaral, Natália Nespoli, Rafa J Santos, Samantha Araújo, além do ator, diretor e roteirista Leonardo Amorim.

Entre os atores e atrizes convidados estão: Adda Feitosa, Alexandre Ferrari, Camila Moranelo, Carol Dorville, Eduardo Alcântara, Joabe Procópio, John Fortunato, Juarez Manfroto, Lucas Rocha, Mario Neto, Matheus Castro, Marcondes Bertoni, Paulo Moura, Pedro Leon, Priscila Angel, Regiane Rodrigues e Vitória Carvalho.

Para adquirir os ingressos, o público deverá acessar o site do SYMPLA. Para mais informações, o contato pode ser feito pelos perfis: @artedramaticaeta e/ou @eta.ufal.

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