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Em palestra, presidente do STF motiva jovens e defende democracia

Com um discurso em escola do Cepa, ministro Barroso exaltou a importância dos valores e da busca pelo conhecimento


				
					Em palestra, presidente do STF motiva jovens e defende democracia
Em palestra, presidente do STF motiva jovens e defende a democracia. Divulgação

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, proferiu uma palestra para jovens da Escola Estadual Princesa Isabel, no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), em Maceió. Com um discurso motivacional, o ministro exaltou a importância dos valores, da busca pelo conhecimento e da gana por progredir na vida. Também tocou em assuntos ligados à democracia e ditadura.

A agenda do ministro na capital incluiu uma visita ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e almoço no Palácio República dos Palmares com o governador Paulo Dantas (MDB). Assim como tem feito em outras partes do País, nas palestras para a juventude, o ministro costuma abordar temas voltados à cidadania, justiça e democracia.

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Com o tema “Como fazer a diferença para si próprio, para o Brasil e para o mundo”, Barroso contou aos estudantes um pouco de sua trajetória pessoal e profissional, desde a infância, vivida na cidade de Vassouras (RJ), até chegar à capital fluminense, cursar Direito e, em 2013, tornar-se ministro da mais alta corte do País.

“A gente precisa se informar, precisa ter opinião e a gente precisa procurar influenciar a vida, fazer diferença no mundo. E não ficar apenas andando ao sabor dos ventos. Portanto, um dos valores importantes da vida contemporânea no Brasil e no mundo é a preservação da democracia, a preservação de um regime político, de uma forma de convivência em que as pessoas têm liberdade de escolher os seus caminhos e o direito de participar”, destacou.

Segundo ele, a democracia é importante porque considera a vontade da maioria com respeito aos direitos da minoria. “A democracia é mais do que a vontade da maioria. É a vontade da maioria com respeito às regras do jogo e com respeito aos direitos fundamentais de todos, inclusive, a liberdade religiosa de cada um escolher o que deseja”, completou.

Para falar sobre ditadura, o presidente do STF incentivou a juventude a manter o diálogo e a tolerância com quem pensa diferente. “As ditaduras vêm com falta de liberdade, com censura, com tortura, impedindo as pessoas de participarem. De modo que, ao pensar o mundo, reconheçam as dificuldades da democracia, mas a importância da democracia. Também tenham desprezo pelas ditaduras, porque elas são cruéis, covardes, violentas e tolhem a liberdade das pessoas”.

Ele ainda se referiu ao avanço tecnológico, citando a inteligência artificial, com seus benefícios e contrapontos. “Nós vivemos um mundo da revolução tecnológica, a revolução digital, foi essa que universalizou os computadores pessoais, universalizou os telefones celulares. E trouxe a internet que conecta bilhões de pessoas em todo o mundo. Temos um novo vocabulário. Aprendemos um novo vocabulário. Portanto, esse é o mundo que nós estamos vivendo, que é um mundo que ampliou o acesso ao conhecimento, à informação e ao espaço público, mas também criou esse ambiente de desinformação, de discursos de ódio, de teorias conspiratórias, que nós temos que enfrentar”, completou.

Para Barroso, com a inteligência artificial, o mundo vai mudar, uma revolução muito profunda vai acontecer. “A inteligência artificial é, na verdade, a transferência de capacidades humanas para computadores através de programas de computador, que desempenham tarefas cognitivas e tomam decisões. Pode ser extremamente valiosa para a condição humana, mas é preciso ter cuidado para que ela não seja utilizada para fins bélicos, para massificar a desinformação, para tornar a vida pior. E há um risco pequeno, mas relevante, chamado singularidade, que é o risco de os computadores ganharem consciência de si próprios e passarem a ter vontade própria. Se isso acontecer, o risco é eles dominarem o mundo. Parece ficção científica, mas os cientistas dizem que há 10% de risco de isso acontecer”.

Luís Roberto Barroso é bacharel em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Mestre em Direito pela Universidade de Yale, em Connecticut, nos Estados Unidos, e Doutor em Direito Público pela UERJ. Também foi Visiting Scholar (professor convidado/conferencista) na Faculdade de Direito de Harvard.

Professor de Direito Constitucional da UERJ, Professor Visitante da Universidade de Brasília (UnB) e Conferencista Visitante das universidades de Poitiers, França e Wroclaw, na Polônia, Barroso é autor de diversas obras sobre Direito Constitucional, Procurador de Estado do Rio de Janeiro e Ministro do Supremo Tribunal Federal há dez anos.

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