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TRE debate baixa representatividade da mulher em cargos eletivos

Evento Mulher e Poder: uma reflexão necessária acontece na próxima quarta-feira (22), às 19h, no Tribunal de Justiça

A baixa participação da mulher na política, mesmo diante do aumento demográfico, que já chega a 52% da população brasileira e 53% do público apto a votar, tem preocupado o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Alagoas. Em coletiva na tarde desta segunda-feira (20), o presidente do órgão, desembargador Washington Luiz, destacou que o tema será discutido em amplo debate na próxima quarta-feira (22).

"Sabemos da importância da mulher para a sociedade e a vida, mas, infelizmente, também temos que reconhecer que ainda há muito preconceito a ser enfrentado. E, na política, os espaços têm sido conquistados com muito custo, inclusive, com a legislação determinando a cota mínima de gênero de 30% reservado a elas. Foi uma forma de preservar a representatividade, mas ainda assim os números indicam pouca presença feminina nos cargos eletivos", disse o Washington.

No Senado, das oitenta cadeiras, apenas 18% são ocupadas por mulheres. Já na Câmara, das 513, somente 17% são de deputadas, enquanto na Assembleia Legislativa de Alagoas, dos 27 cargos, 22% são delas. Em nível estadual, dos 102 municípios, 21% são comandados por prefeitas. Quando pensamos nacionalmente, das 5.570 cidades, só 11,8% têm mulheres como gestoras.

Essa situação e as causas que têm afastado a mulher das disputas e, até mesmo, do voto serão abordados em um debate mediado pela desembargadora Jamile Duarte. Entre as convidadas para o debate estão Margareth Coelho, ex-governadora do Piauí, e a advogada e chefe de gabinete da secretária Nacional de Justiça, Lazara Carvalho.

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"Se somos maioria porque isso não se reflete nos cargos eletivos? Entendemos que toda a evolução ocorre por meio de políticas públicas. E, se isso não ocorreu na política, é porque falta algo", ponderou Duarte.

Para Jamile, a sociedade, os especialistas e formadores de opinião precisam trocar informações e experiências para compreender com clareza quais são as dificuldades enfrentadas pelas mulheres para chegar aos cargos públicos.

"Na Constituição Federal consta a igualdade, mas, na prática, isso não é na realidade. Precisamos estimular diversas ações nos bairros, escolas e associações para que as mulheres votem em mulheres, e homens também", completou Jamile.

Todas essas questões serão debatidas no evento Mulher e Poder: uma reflexão necessária, às 19h, no Tribunal de Justiça.