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Prestadores de serviço das UPAs do Jacintinho e Tabuleiro denunciam e cobram à Sesau pagamentos de salários atrasados

Sem expectativa de receber os valores, trabalhadores pressionam por solução e podem pedir demissão coletiva das unidades

Prestadores de serviço que desempenham funções nas UPAs do Jacintinho e Tabuleiro, em Maceió, denunciaram à GazetaWeb o atraso no pagamento de salários referentes há dois meses. Os trabalhadores, que passaram a virada do ano sem dinheiro, apontam que o grave drama afeta dos médicos até os profissionais que desempenham as atividades mais simples nas estruturas do Pronto Atendimento. Eles cobram da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) o pagamento.

De acordo com os trabalhadores, o quadro que estão passando é considerado por eles como “extremamente desrespeitoso”. Eles alegam que, diante do recrudescimento da pandemia, o mínimo que esperavam era o pagamento dos salários atrasados e a garantia de regularizar o recebimento dos próximos. As recepções das unidades encontram-se lotadas em virtude do crescimento dos casos com síndromes gripais.

A GazetaWeb teve acesso a diversos diálogos entre coordenadores de setores das UPAs com os colaboradores. Os gestores tentam minimizar a pressão que sofrem pela cobrança dos salários, apontando que já colocaram até os cargos que exercem à disposição da direção das UPAs e das empresas que são ligados, visto que não há uma solução para o pagamento do calote. As mensagens não serão divulgadas no corpo da reportagem para evitar que os profissionais sejam perseguidos.

Os salários em atraso são de novembro e dezembro. O salário de outubro foi pago em 16 de dezembro. Técnico radiologia, técnico imobilização e médicos ortopedista estão com os salários atrasados.

Além dos salários, a denúncia aponta que está faltando dipirona injetável e comprimidos estão sendo oferecidos aos pacientes. Além disso, não tem vitaminas. Isso porque os fornecedores não estão sendo pagos.

Ainda de acordo com os trabalhadores, os médicos deram um ultimato: o pagamento até segunda ou eles vão abandonar os postos de trabalho. “Hoje, sinceramente, já falei com eles e disse que é muito injusto deixá-los nessa situação. Lamento demais que vocês tenham trabalhado e não estejam recebendo. Se dependesse de mim, isso não aconteceria”, disse um gestor em um grupo de trabalho aos colegas da UPA.

Os trabalhadores justificaram que não denunciaram o calote da Sesau ao Ministério Público do Trabalho (MPT/AL) pelo fato de as funções nas UPAs terem sido preenchidas por indicações políticas. A reportagem procurou um posicionamento da Sesau sobre as denúncias realizadas pelos trabalhadores, mas, em regra, a pasta não tem respondido às demandas enviadas pela Gazeta.