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Prefeito da Barra de Santo Antônio, Rogério Farias é afastado por 180 dias

Gestor é alvo de ação do Ministério Público Estadual por improbidade administrativa

O prefeito da cidade de Barra de Santo Antônio, Rogério Farias, foi afastado do cargo de gestor daquele município pelo período de 180 dias. A decisão, assinada pelo juiz Jonh Silas, atendeu à solicitação do Ministério Público de Alagoas (MPE). No mês de março, o MPE ingressou com uma ação por ato de improbidade administrativa contra o prefeito.

O promotor da cidade, Vinícius Ferreira Calheiros Alves, não vai se pronunciar publicamente sobre a decisão do magistrado. Porém, declarou que o MPE entende a medida como oportuna, em função de todas as provas anexadas aos autos da ação por ato de improbidade administrativa ajuizada no dia 22 de março.

De acordo com o MPE, o gestor é suspeito de se apropriar ilicitamente de todas as receitas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) do município. Outros membros da família Farias também são citados na mesma ação.

Segundo o MPE, a Educação municipal se tornou "um verdadeiro caos", que se soma à falta de pagamento aos servidores públicos desde setembro do ano passado. O processo em foco alcança, ainda, a mulher do gestor, Rume Farias, e as filhas Simony Farias, secretária de Saúde da Barra de Santo Antônio, e Camila Farias, atual prefeita de Porto de Pedras, também na região Norte de Alagoas.

A ação cita também a empresa Jirituba Empreendimentos Turísticos, que estaria sendo usada pelo gestor para fins de enriquecimento ilícito. Na Junta Comercial de Alagoas (Juceal), a sociedade aparece com capital de R$ 100 mil, mas o Ministério Público afirma crer que cerca de R$ 5 milhões tenham sido investidos na pousada de propriedade do prefeito, situada às margens do Rio Santo Antônio.

A pousada construída durante a atual gestão do prefeito. Segundo o MPE, o valor nela empregada é muito superior aos bens declarados pelo gestor à Justiça Eleitoral em 2012, quando foi candidato. Ao TSE, Rogério farias disse possuir pouco mais de R$ 1,3 milhão e, entre os bens declarados, não consta o terreno onde foi construído o investimento.

Diante do afastamento, o prefeito declarou que a decisão da Justiça se baseou em documentos falsos e declarações que não são verídicas. Segundo ele, a pousada que construiu "é fruto de muito trabalho". Farias afirmou, ainda, que teve de se desfazer de vários bens e contrair um empréstimo de cerca de R$ 1 milhão para concluir o empreendimento. "Fui afastado sem ter sequer a oportunidade de explicar qualquer situação. Infelizmente, sou vítima de uma questão política", expôs o prefeito.

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