Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > POLÍTICA

Mourão diz que Bolsonaro pode ter de cancelar viagem para a Rússia

Nesta segunda (24/1), Otan enviou aviões e navios em direção ao Leste Europeu em meio à tensão entre Rússia e Ucrânia

O vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou nesta segunda-feira (24/1) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) pode se ver obrigado a cancelar uma viagem para a Rússia, em fevereiro, a depender da evolução da crise envolvendo o país e a Ucrânia.

Durante conversa com a imprensa, ele disse que o Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores, não está envolvido nas discussões sobre a crise entre os dois países.

Leia também

“Pode ser que aconteça alguma coisa daqui para lá e ele [Bolsonaro] seja obrigado a cancelar a viagem, né? […] Isso aí é questão da segurança europeia, né? Nós estamos de outro continente. Aqui nós somos do continente da paz”, declarou.

A tensão entre os dois países – que se estende desde 2014 – vem ganhando força nas últimas semanas. A possibilidade de que milhares de tropas russas, reunidas perto da fronteira com a Ucrânia, possam se movimentar deixou o conflito entre os dois países ainda mais intenso e crítico.

A Organização do Tratado do Norte Atlântico (Otan) afirmou que enviaria navios e caças adicionais para a Europa Oriental. Além disso, segundo o jornal The Washington Post, há relatos de que o governo dos Estados Unidos estava considerando o envio de forças americanas e armamentos para reforçar os aliados da organização na Polônia e país bálticos.

O porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, disse que o país está observando os movimentos da Otan e que o presidente russo, Vladmir Putin, está “tomando medidas para garantir que nossa segurança e nossos interesses sejam devidamente protegidos”.

A Otan disse que seus membros estão “colocando forças de prontidão e enviando navios e caças adicionais para implantações da Otan na Europa Oriental, reforçando a dissuasão e a defesa aliadas enquanto a Rússia continua seu reforço militar dentro e ao redor da Ucrânia”.

“Crise existencial de Putin”

Na semana passada, o presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou que o iminente conflito militar é fruto de uma espécie de crise existencial do presidente russo, Vladimir Putin, que estaria “tentando encontrar seu [da Rússia] lugar no mundo entre a China e o Ocidente” e gostaria de desafiar as potências internacionais e a Otan.

“Meu palpite é de que ele vai se mover. Ele tem que fazer alguma coisa. Mas se eles realmente fizerem o que são capazes de fazer com as forças acumuladas na fronteira, será um desastre para a Rússia”, disse Biden.

A Rússia aumentou sua presença militar perto da Ucrânia e na Bielorrússia para níveis sem precedentes nos últimos dias, de acordo com analistas militares.

Provocações

As autoridades russas negaram que planejam uma invasão e tentaram inverter a narrativa de que estariam fazendo exercícios conjuntos envolvendo a prática de uma resposta a ameaças externas. O país acusou nações ocidentais de planejar “provocações” contra Moscou.

“Quero chamar sua atenção para o fato de que tudo isso não está acontecendo por causa do que nós, a Rússia, estamos fazendo. Tudo está acontecendo por causa do que os Estados Unidos [e] a Otan estão fazendo e por causa das informações que estão espalhando”, relatou Peskov.

A Otan afirmou que “continuará a tomar todas as medidas necessárias para proteger e defender todos os Aliados, inclusive reforçando a parte oriental da Aliança”.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Oleg Nikolenko, disse que o país repetiu muitas vezes que “está comprometido com a paz e a diplomacia e não planeja nenhum ataque militar”. “Só queremos proteger nossa fronteira sul”, continuou ele.

Países ocidentais

A partir disso, os países ocidentais passaram a tomar atitudes mais dramáticas durante as vésperas da ação armada antecipada.

A Grã-Bretanha ordenou que alguns diplomatas e suas famílias deixassem a Ucrânia, um dia depois de os Estados Unidos ordenarem que famílias de diplomatas deixassem o país e recomendarem a saída de funcionários diplomáticos não essenciais.

O Departamento de Estado também alertou os cidadãos americanos a considerarem deixar a Ucrânia, com autoridades dos EUA alertando que um ataque pode acontecer “a qualquer momento”.

A Austrália também ordenou que familiares de diplomatas na Ucrânia saiam por causa da situação de segurança e alertou os cidadãos australianos para partirem. A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Marise Payne, disse às autoridades australianas que enviem assistência, incluindo apoio para ajudar o país ucraniano a se proteger contra ataques cibernéticos.

A presidente da União Europeia (UE), Ursula von de Leyen, anunciou, nesta segunda, o envio de 1,2 bilhão de euros (cerca de R$ 7,4 bilhões) em ajuda de emergência para ajudar a Ucrânia a atender às necessidades de financiamento “devido ao conflito”.

Os membros da UE estão divididos sobre quais sanções devem estar na mesa e se devem enviar armas de defesa para a Ucrânia.

Nikolenko, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, disse que o movimento dos Estados Unidos de enviar alguns diplomatas para casa foi prematuro e excessivamente cauteloso, já que não houve mudanças materiais na situação de segurança do país.

“Embora respeitemos o direito dos Estados estrangeiros de garantir a segurança de suas missões diplomáticas, consideramos tal passo do lado americano prematuro e sinal de excesso de cautela. De fato, não houve mudanças importantes na situação de segurança recentemente”, disse ele em comunicado.

Putin alegou que a Rússia é vítima da agressão ocidental e ameaçou uma resposta “técnica militar”.

Nos últimos dias, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha divulgaram alegações de dois planos russos separados para desestabilizar o governo ucraniano e instalar um governo pró-Moscou. As autoridades russas negaram as acusações.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Relacionadas