O vice-prefeito de Maceió, Marcelo Palmeira (PP), afirmou, na manhã desta quinta-feira (21), que não se sente ameaçado pela aproximação do deputado federal Ronaldo Lessa (PDT) e do vereador Kelmann Vieira (PMDB) com o prefeito e pré-candidato à reeleição, Rui Palmeira (PSDB). Ele disse que pretende participar das discussões em torno da formação da chapa e demonstrou interesse em permanecer compondo a gestão como vice-prefeito.
Palmeira deu posse aos membros do Conselho Municipal de Direitos da Cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, no auditório da Secretaria Municipal de Finanças (SMF), mas, antes, respondeu questionamentos da imprensa sobre a conjuntura política. Na opinião dele, é natural, agora, quando os primeiros passos para as futuras composições estão iniciando, que se amplie o espaço de diálogo com os partidos.
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Conforme o vice-prefeito, as discussões políticas devem se intensificar depois do carnaval e a candidatura à reeleição exige uma discussão mais ampla com integrantes de outros partidos, porque mexe, entre outras coisas, com tempo de TV. Também destacou o trabalho que desenvolveu com o prefeito ao longo dos últimos anos e disse que vê a parceria (ele como vice) como algo praticamente consolidado.
"A eleição do prefeito Rui Palmeira envolveu uma coligação 'enxuta', que contou com poucos partidos. É natural que as discussões sejam ampliadas para a reeleição. Mas, sempre mantivemos o nosso compromisso e vamos participar das discussões", confirma.
Ele também reafirmou que não se sente ameaçado com a aproximação de Kelmann e nem com as especulações de que o atual presidente da Câmara Municipal poderia ser o candidato a vice na futura coligação em torno de Rui Palmeira. "O presidente da Câmara sempre foi um parceiro da gestão e assumiu o cargo de prefeito em comemoração aos 200 anos de Maceió. Foi uma decisão conjunta do prefeito Rui Palmeira e minha. Não cederia espaço, se sentisse que o objetivo era outro", revela.
Posse
Sobre o Conselho recém-empossado, ele disse que é um reconhecimento por parte da prefeitura a quem trabalha para a garantia dos direitos aos cidadãos. Completou que o Município espera ampliar o diálogo com o público LGBT e ouvi-lo sobre suas demandas.
A secretária de Assistência Social de Maceió, Celiany Rocha, explicou que é a primeira vez que Maceió terá um Conselho LGBT. Ela esclarece que serão sete membros ligados ao poder público e mais sete ligados à sociedade civil. A escolha se deu por indicação de cada entidade ou órgão.
O primeiro passo do Conselho, agora, será, segundo ela, a definição do presidente. Basicamente, a função do colegiado é de fiscalização e acompanhamento da aplicação de recursos para o público LGBT.
A secretária explicou que, até hoje, a prefeitura apoiava as ações de forma não oficial e que agora vai poder apoiar oficialmente.
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