Imagem
Menu lateral
Imagem
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > POLÍTICA

Maratona de Cirurgias opera mais de 4.200 mil alagoanos

Iniciado em junho, programa do governo de Alagoas já contemplou moradores do Sertão, Agreste, Grande Maceió, Litoral e Zona da Mata

Em sua 13ª edição, a Maratona de Cirurgias, programa criado pelo governador de Alagoas para reduzir a fila de procedimentos cirúrgicos acumulados durante a pandemia do novo coronavírus, ultrapassou a soma de 4.200 procedimentos, garantindo o tratamento de saúde esperado por esses alagoanos.

Isso é quase a metade da demanda reprimida, desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a situação de pandemia, o que levoi o Ministério da Saúde (MS) a determinar, em março de 2020, que todos os estados brasileiros concentrassem seus esforços para atender às pessoas acometidas pela Covid-19 e, consequentemente, adiassem as cirurgias eletivas, realizando apenas os procedimentos emergenciais.

Dois anos e três meses depois, a fila de espera por cirurgias já ultrapassava o quantitativo de 10 mil pessoas em Alagoas, o que levou o Governo do Estado alavancar, em junho deste ano, o programa. Até agora, 7.857 procedimentos foram agendados, dos quais, 4.260 já foram realizados, nesses cinco meses de execução.

Coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o programa foi iniciado tão logo ocorreu a queda sistemática do número de casos confirmados da doença pandêmica e da redução vertiginosa da ocupação hospitalar. Com a retomada das cirurgias eletivas, milhares de alagoanos que aguardavam por um procedimento cirúrgico conseguiram realizá-los.

Luz no túnel

Entre os alagoanos beneficiados está a dona de casa Claudenice Ribeiro, de 29 anos. Natural de Maceió, ela reside no bairro Benedito Bentes, no Conjunto Cidade Sorriso, e desde o começo da pandemia do novo coronavírus, sofria com as dores causadas por pedras na vesícula. Após procurar atendimento na rede municipal de saúde, conseguiu uma consulta médica e chegou até a fazer um exame de ultrassom do abdômen total, mas não foi operada.

Em setembro deste ano, ela foi contemplada pelo Programa Maratona de Cirurgias e após realizar todos os exames necessários, foi operada no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), na capital alagoana. Após dois meses e meio do procedimento cirúrgico, Claudenice Ribeiro já passou pela consulta de revisão e ouviu do médico que o problema foi solucionado. A prova está em seu sorriso, após passar mais de dois anos com dores diárias, muita angústia, sensação de incerteza e ter que transparecer que estava tudo normal, para não deixar os filhos preocupados.

Sem dores e com um sorriso largo no rosto, Claudenice Ribeiro anda de bicicleta diariamente para levar os filhos à escola. Evangélica, ela divide o tempo em cuidar dos afazeres domésticos, dedicar-se ao marido, educar os filhos e participar das atividades em sua igreja. “Tenham fé e esperança, assim como eu tive. Quem já passou pela triagem, não se angustie, porque a hora de fazer a cirurgia vai chegar. Deus é o Senhor do impossível e, se Ele iluminou o povo da saúde para fazer o Programa Maratona de Cirurgias, não tenham dúvidas que Ele, como Senhor Onipotente, viu neste caminho o fim da dor para muitas pessoas necessitadas”, disse, em tom profético.

Exames e Consultas

Além dos procedimentos cirúrgicos, os alagoanos contemplados pelo Programa Maratona de Cirurgias são beneficiados com consultas especializadas, como ortopedistas, cirurgiões gerais, ginecologistas e oftalmologistas, além de serem submetidos a exames de diagnóstico.

Conforme dados da Sesau, desde 21 de junho até esta sexta-feira (2), já foram realizadas 12.823 consultas e 34.105 exames de diagnóstico. Além de cirurgias ortopédicas, de fimose, lipoma, oftalmológicas, ginecológicas, de hernioplastia incisional, de extirpação de lesão de pele e tecido subcutâneo, também estão sendo assegurados procedimentos de retirada do útero, supressão da vesícula, de hérnia umbilical, exérese de pólipo e hidrocele. Com relação aos exames, além dos laboratoriais, por meio da coleta de amostras de sangue, são garantidos raios-x, ultrassom e eletrocardiograma.

Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, o programa foi a alternativa ágil que o Governo do Estado encontrou para zerar a fila de espera por milhares de procedimentos cirúrgicos represados. Para isso, foram solicitados aos municípios um levantamento da demanda reprimida por cirurgias eletivas, visando diagnosticar a situação e ter um panorama geral para planejar e executar a iniciativa.

“Assim como ocorreu em todo o Brasil, os leitos hospitalares de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e de Enfermaria ficaram exclusivos para atender as pessoas acometidas pela Covid-19, no evento sanitário que ficou caracterizado como a maior emergência em saúde pública da história mundial, segundo atesta a OMS [Organização Mundial de Saúde]. Por isso, as cirurgias eletivas foram adiadas e se avolumaram, mas, ao assumir a Sesau, em maio deste ano, nossa equipe fez um planejamento e começamos a executá-lo, sempre com foco na humanização”, ressaltou o gestor da saúde estadual.

13ª Edição

E não foram apenas os moradores da capital alagoana que receberam o Programa Maratona de Cirurgias. A ação começou, inclusive, pelo Sertão, passou pelo Agreste, pela Zona da Mata, Litoral e chegou à Maceió. Com isso, já foram realizadas 13 edições, das quais seis ocorreram na Capital, duas em Arapiraca e as outras cinco em Santana do Ipanema, Delmiro Gouveia, Porto Calvo, Palmeira dos Índios e União dos Palmares, cada um deles contemplado com uma edição.

Ainda de acordo com a Sesau, até esta sexta-feira (2), das 4.260 cirurgias realizadas, 700 ocorreram em Santana do Ipanema, no Hospital Clodolfo Rodrigues; e 1.482 em Maceió, sendo 762 no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA) e 720 no Hospital da Mulher (HM). Também foram realizadas 899 cirurgias em Delmiro Gouveia, no Hospital Regional do Alto Sertão (HRAS); 530 em Porto Calvo, no Hospital Regional do Norte (HRN); 426 em União dos Palmares, no Hospital Regional da Mata (HRM); e 200 em Palmeira dos Índios, no Hospital Regional Santa Rita (HRSR) e 23 em Arapiraca, no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho.