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Deputados comparam HGE a matadouro e denunciam falta de medicamentos básicos

Eles dizem que recebem, diariamente, inúmeros relatos dando conta de vários problemas nas alas, falta de medicamentos básicos e insalubridade

Não é de hoje que o Hospital Geral do Estado (HGE) é alvo de reclamação pela estrutura precarizada, atendimento ineficaz e superlotação. Ao longo da semana, a unidade voltou a ser criticada pelos deputados estaduais, engrossando o coro contra as ações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Eles dizem que recebem, diariamente, inúmeros relatos dando conta de vários problemas nas alas, falta de medicamentos básicos e insalubridade, comparando o local a um verdadeiro 'matadouro'.

As denúncias partem dos próprios funcionários que estão no dia a dia. Eles contam que estava zerado o estoque dos remédios para dor, anti-inflamatórios e antiespasmódicos, a exemplo de Dipirona, Tramal, Diclofenaco e Buscopan. 

As salas onde ficam os pacientes e estão guardados os materiais para uso hospitalar têm mobiliário velho, quebrado e oxidado. As paredes apresentam sujeira e mofo, provocados por infiltração. Nos corredores, também era possível ver pacientes sendo atendidos sem qualquer conforto e dignidade. 

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Deputados denunciam descaso no HGE

Os deputados responsabilizaram o secretário Alexandre Ayres, da Saúde, pelas dificuldades rotineiras no HGE. Segundo eles, o gestor utiliza a pasta para ter projeção eleitoral, inclusive contrata funcionários com quem poderá manter ligações políticas.

Um dos que não pouparam críticas ao xerife da Saúde foi Dudu Ronalsa (PSDB). Durante a sessão dessa quinta-feira (19), o parlamentar revelou que tem buscado a Secretaria de Estado da Saúde para tentar resolver demandas do HGE, mas encontra resistência de Alexandre Ayres e de sua equipe. De acordo com Ronalsa, as ligações sequer são atendidas.

"Infelizmente, o que temos visto é que o Secretário Alexandre Ayres só tem resolvido os problemas quando as pessoas que nos procuram vão até o Instagram pessoal dele (secretário) em busca de solução. Não tenho nada a ver se o Ayres é candidato. Mas ele não pode utilizar a Secretaria para fins eleitorais. Pelo menos é assim que tem ficado claro", relatou Dudu Ronalsa. 

Já Cabo Bebeto (PTC) afirmou que a Sesau deixou de ser de Alagoas para ser “Terra dos Calheiros e do Alexandre Ayres”. Segundo ele, há subutilização das estruturas de saúde, como o Hospital de Campanha e o Hospital Metropolitano. Para ele, estas unidades são para apresentar bons números apenas, pois escolhem os pacientes, os servidores, os colaboradores, e, mesmo assim, o que se vê são cirurgias atrasadas, pessoas morrendo. 

Sobre o HGE, Bebeto diz que as pessoas são vistas nos corredores comendo quentinhas. “Há dinheiro que o Governo Federal mandou para aplicar na saúde, mas quem não é da terra da coincidência está morrendo. O alagoano não pode esperar por atendimento. O Hospital Metropolitano é um hotel de luxo, enquanto o HGE é um matadouro”.

Até o fechamento da matéria, a direção do HGE não havia se pronunciado sobre as denúncias dos parlamentares.