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Deputado critica inação do governador diante de suspeitas de fraude e defende saída de AL do Consórcio Nordeste

Davi Maia citou que Renan Filho teve acesso a documentos que comprovariam esquema fraudulento praticado pelo colegiado de governadores

A letargia do governador Renan Filho (MDB) diante de fortes indícios de irregularidades praticadas pelo Consórcio Nordeste, sobretudo na compra de respiradores que nunca foram entregues, foi o mote do discurso do deputado Davi Maia (DEM), na sessão ordinária desta quarta-feira (13), na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). O parlamentar defendeu a saída imediata do Estado da composição do colegiado para que se prove que não há cumplicidade nos possíveis crimes investigados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ele citou que a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] da Covid-19 no Rio Grande do Norte obteve acesso a documentos considerados importantes e confidenciais, os quais todos os governadores nordestinos tomaram conhecimento. Seriam provas de superfaturamentos, troca de mensagens para divisão de propinas, depósitos em contas-correntes, confissões de empresários e, inclusive, citação de nomes dos envolvidos no esquema.

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O presidente da comissão, deputado Kelps Lima (Solidariedade), confirmou à Gazeta o recebimento do calhamaço. Segundo ele, os indícios de desvios de dinheiro no Consórcio Nordeste são fortíssimos e grande parte é revelada nesta papelada que os parlamentares receberam. São documentos elaborados a partir de uma auditoria interna, com procedência comprovada.

“Estamos falando de documentos que o governador Renan Filho teve acesso como membro do Consórcio Nordeste. É um escárnio. O governador teve acesso a todas essas informações e, até o momento, não retirou o estado do consórcio. Se a gestão não tem envolvimento com a fraude dos respiradores, atue agora para se afastar dessa quadrilha. A PGE [Procuradoria Geral do Estado], provavelmente, já teve acesso aos autos do processo que corre na Bahia e deve ter a plena ciência da gravidade das investigações”, afirmou Davi Maia, no discurso que fez na Assembleia.

Ele acredita que, pelo que está sendo desenhado nas investigações do STJ em decorrência da Operação Ragnarok, da Polícia Civil da Bahia, assim como pela delação premiada e auditoria interna, é provável que operações policiais sejam deflagradas para prender os prováveis envolvidos nas fraudes. “A próxima reunião dos gestores do Consórcio Nordeste pode acontecer no Presídio da Papuda ou em alguma penitenciária da Bahia. Quando o consórcio afundar em operações policiais, o governador não terá mais tempo de se afastar”, destacou.

Maia ainda repercutiu a atitude do secretário-executivo do colegiado, Carlos Gabas, em permanecer calado na CPI da Covid do Rio Grande do Norte por força de um habeas corpus concedido pela Justiça. O ex-ministro do governo Dilma Rousseff foi convocado a prestar esclarecimentos na qualidade de investigado como suposto chefe do calote dos respiradores.

“Protegido por uma decisão judicial, o senhor Carlos Gabas adotou a atitude covarde e frouxa. Mesmo sabendo que o direito ao silêncio é uma garantia constitucional, isso não afasta a indignação e perplexidade de todos perante a covardia do gestor do Consórcio Nordeste. Estamos falando de um senhor que foi ministro e, agora, ocupa o cargo de secretário-executivo do consórcio. Estamos falando de uma pessoa que segura a caneta e executa todas as despesas do Consórcio Nordeste. De alguém que gerou o prejuízo de R$ 50 milhões”, opinou o parlamentar alagoano.

Davi Maia diz que Carlos Gabas não pode continuar ocupando o cargo, já que não tem a mínima coragem de enfrentar perguntas de deputados, em uma CPI, sobre os milhões que foram roubados sob a tutela dele.

De acordo com ele, há indícios de que houve, também, o envolvimento de políticos paulistas ligados a Carlos Gabas neste esquema. “As provas mostram que, muito embora não tenha entregue os respiradores aos estados nordestinos e tenha sumido com os R$ 50 milhões, a empresa Hempcare doou R$ 4 milhões para a Prefeitura de Araraquara, chefiada por Edinho do PT, amigo-irmão de Gabas. Enquanto os nordestinos agonizavam sem respiradores, a quadrilha fazia caridade no município paulista”.

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