O governador Renan Filho (PMDB) comentou, nesta terça-feira (11), durante assinatura da ordem de serviço para reforma da Casa de Custódia, a situação do presidente Michel Temer à frente do comando do País. Para o governador, as "denúncias são contundentes" e é preciso um posicionamento do Congresso Nacional.
"Espero que a Câmara Federal delibere e decida qual o caminho para o País. O Brasil tem saída e as instituições democráticas estão funcionando. Ao ter isso, devemos buscar solução institucional, que está, inclusive, em tramitação no Congresso", expôs Renan Filho.
Ele também opinou sobre a situação do Brasil após a saída da ex-presidente Dilma Rousseff, tirada do cargo após um impeachment em agosto do ano passado. "O Brasil está vivendo um momento de muita dificuldade e as pessoas perceberam que a retirada da presidente Dilma, que poderia ser um alento, não foi. A turbulência aumentou".
Renan lembrou ainda o agravamento da crise após as consecutivas denúncias contra Temer. "Por mais que alguns segmentos, sobretudo mais ligados ao mercado, compreendam que estava se fazendo algo para recuperar a economia, isso parou, porque a crise politica é muito dura", apontou.
Casa de Custódia
Sobre a reforma da Casa de Custódia, localizada no Jacintinho, o governador afirmou se tratar de um novo momento na Segurança Pública. O local, inaugurado em julho de 2009, foi fechado na sexta-feira (7) para o início das obras e os 30 presos foram redistribuídos nos presídios da capital.
"Há muito tempo a Segurança Pública se ressentia desse tipo de estrutura precária. O estado utilizava policiais civis para fazer a guarda de presos e isso trazia dois problemas. O primeiro é que os policiais não são treinados para esse serviço e o outro é que ele deixava de fazer sua função principal que é investigar", disse.
Ele acrescentou que a reforma será realizada pela Secretaria de Ressocialização, que também será responsável pela administração do espaço. "Ela vai assumir a operação com gente qualificada para a guarda de presos. É mais um passo para a redução da violência", expôs.
Durante a solenidade, ele também comentou o movimento de policiais civis, que denunciaram um suposto problema estrutural em um dos Centro Integrado de Segurança Pública construídos pelo governo estadual.
"O Cisp é um sucesso; não teve teto que caiu. Todos os dias os prefeitos me ligam querendo que a gente implante Cisps. As pessoas não devem trabalhar contra o que dá certo para conseguir aumento salarial, regalias, benefícios. Isso não é correto e provavelmente vem de um grupo pequeno".