Imagem
Menu lateral
Imagem
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > POLÍTICA

Cresceu o número de assassinatos e o governador fez a operação "boca de siri"

Estatísticas oficiais demonstram a gravidade de um quadro que já vem recrudescendo em áreas populosas de Maceió

A tradicional e popular folia carnavalesca já passou, as zabumbas e fantasias foram recolhidas e todos retornaram à rotina. Quem resolveu deixar para lá um hábito foi o governador Renan Filho. Logo após o carnaval de 2019, apressou-se em convocar uma coletiva com a imprensa, ladeado por seus auxiliares da Segurança Pública, para trombetear estatísticas referentes à criminalidade no período momesco.

Este ano, a festa acabou e o governador não fez seu carnaval pós-Quarta-Feira de Cinzas. Preferiu a operação "boca de siri" a mobilizar os meios de comunicação e ativar a tropa digital oficial. No carnaval passado, chegou a festejar, afirmando que, das mortes ocorridas, nenhuma aconteceu nos locais de eventos carnavalescos.

Agora, a violência cresceu de forma assustadora. As estatísticas oficiais demonstram a gravidade de um quadro que já vem recrudescendo em áreas populosas de Maceió e de regiões do interior do Estado. Enquanto houve 20 homicídios no transcurso do carnaval de 2019, este ano aconteceu um estouro dos chamados Crimes Letais Intencionais, alcançando assim 34 assassinatos.

É um número 70% maior que o ano anterior, razão pela qual o governador resolveu se calar. O dado oficial, que circulou na discrição, leva em conta ao que foi contabilizado até terça-feira de carnaval. Daí chama a atenção o vídeo feito pelo coronel do Valle, da PM, que circulou na rede social. O coronel anunciou a ocorrência de mais de 40 homicídios no Estado durante a folia.

Ainda no período momesco, 140 mulheres sofreram violência. O dado é quase 30% maior que o ano anterior. Se, em Maceió, a criminalidade cresceu nos bairros populosos, no interior o cenário é de grande preocupação, a exemplo do Agreste alagoano.

É nessa região que o povo não contou com o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Maribondo, fechado há mais de um ano. Somente agora, depois da crescente onda de violência, Renan Filho resolve inaugurá-lo, após adiar por quatro vezes o descerramento da placa. É aguardar e checar como vai funcionar.

Tags