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CPI: Deputados buscam assinaturas para investigar gastos do Governo de AL na pandemia

É a segunda tentativa do bloco oposicionista de instalar uma comissão desta natureza; desta vez, dois deputados dizem que assinam requerimento

Mais uma vez, os deputados que compõem o bloco de oposição na Assembleia Legislativa (ALE) voltaram a propor a criação de uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] para investigar a atuação do Governo de Alagoas na pandemia de Covid-19. Tentativa semelhante se deu no ano passado, no auge do enfrentamento e em meio a denúncias de má-gestão no Laboratório Central (Lacen), mas a ideia não vingou.

Agora, os parlamentares apostam na sensibilidade dos colegas em face de uma série de "ingredientes" que eles julgam ser passivos de uma investigação mais aprofundada, a exemplo do golpe dos respiradores e do uso de recursos para controle da doença em território alagoano. O foco seria apurar a postura do Estado em todas as questões ligadas ao coronavírus.

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Por enquanto, apenas os deputados Davi Maia (DEM) e Cabo Bebeto (PTC) disseram que assinam o requerimento à Mesa Diretora que pede a instalação da CPI. Pelo regimento interno, são necessárias nove assinaturas (um terço da quantidade de parlamentares) para que a proposta siga em frente. O desafio é grande para convencer os membros da Casa de Tavares Bastos, já que a maioria é governista declarada ou que se diz independente, mas, na prática, sempre vota favorável ao Palácio República dos Palmares.

Assim como da outra vez, a intenção de criar a comissão partiu de Davi Maia. Em pronunciamento, durante a sessão plenária desta terça-feira (20), ele pontuou os fatores que considera essenciais para uma apuração. Citou a desativação do hospital de campanha, o elevado índice de mortes dos pacientes intubados com Covid-19, as subnotificações de casos, os gastos com comunicação que avalia como desproporcional e a contaminação coletiva de bebês internados na Santa Mônica.

Também acrescentou a ingerência no Lacen, que ele mesmo denunciou, em junho do ano passado, e a fraude na compra dos respiradores via Consórcio do Nordeste. “Não podemos aceitar calados que o Estado perdeu R$ 6 milhões, que nunca serão devolvidos. O dinheiro foi entregue a uma empresa especializada na venda de maconha. Quanto à situação da Santa Mônica, se este fato fosse em outro estado, certamente viraria um escândalo nacional. A Casa tem que sentar e fiscalizar tudo isso”, destacou.

Cabo Bebeto apontou como motivos para investigar a atuação do Governo de Alagoas os problemas na triagem dos pacientes com Covid, a discriminação com o tratamento precoce, a celeridade nas obras de hospitais e a falta de aparelhos para auxiliar no tratamento (tomógrafos quebrados).

“Duvido que a gestão venha acertando na condução da pandemia em Alagoas. Recebo inúmeros relatos, diariamente, que indicam dificuldades difíceis de superar. Aqui, todos sabem que os números da pandemia são maquiados”, disse o parlamentar, sempre em defesa da atuação do presidente da República, o qual chama de transparente, e não, hipócrita.

Na defesa do governo, entraram em cena os deputados Silvio Camelo, do PV (líder da bancada governista), e Ronaldo Medeiros (MDB). O primeiro rebateu ponto a ponto o discurso do bloco de oposição e destacou que Alagoas não colapsou, como outros estados mais ricos do País. Medeiros transferiu a responsabilidade do quadro pandêmico no Brasil ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Aliás, o emedebista afirmou que o chefe da nação é irresponsável por não usar máscaras e aglomerar, sendo rebatido por Bebeto. “O senhor diz que o presidente não é aceito no Brasil, mas quem vai aceitar um cachaceiro, um p. (sic) daquele?”, reagiu o parlamentar, em referência ao ex-presidente Lula (PT).

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