Um acordo costurado pelo Ministério Público Federal (MPF) entre a Prefeitura de Maceió e o governo de Alagoas vai permitir que a segunda dose da CoronaVac seja aplicada nos próximos dias na capital alagoana. Em reunião nesta quinta-feira (29), o órgão pactuou que a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (SESAU/AL) repassará ao Município a quantidade de doses necessárias para cobrir a vacinação da CoronaVac.
A aplicação dos imunizantes é referente ao dia 25 de abril e o integral do dia 26 de abril, seguindo o novo prazo autorizado pela Resolução CIB n° 14/2021, que permite o intervalo de 28 dias entre doses.
Leia também
O acordo também determina que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) irá informar à SESAU a quantidade de doses que excedeu em razão de pessoas das pessoas que deixaram seus municípios para receber o imunizante em Maceió, o que teria acarretado a falta de doses para os maceioenses.
Para driblar os "invasores", a SMS apresentará a relação dos municípios de onde vieram pessoas em busca de vacinação na capital, além de passar a cobrar a apresentação do comprovante de residência.
A nota enviada à imprensa ainda informa que o MPF, através do GT Covid-19, informou que abriu um Procedimento Preparatório para apurar a falta de doses da vacina CoronaVac em Maceió, já que a falta do imunizante coloca em "risco a eficácia da vacinação por falta de segunda dose para maceioenses, diante do cenário de escassez de doses e atraso na remessa ao Estado de Alagoas."
Doses insuficientes
No dia 21 de abril, a Prefeitura de Maceió publicou um comunicado, suspendendo a aplicação da segunda dose da CoronaVac, alegando que não tinha recebido a remessa por parte do governo de Alagoas. Pouco tempo depois, o secretário Alexandre Ayres, da Saúde do Estado, se manifestou nas redes sociais, garantindo que as doses seriam enviadas.
Já no dia 22 de abril, o Município informou que recebeu 1.500 doses da CoronaVac e, imediatamente, abasteceu os oito pontos de vacinação. Porém, em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o quantitativo é insuficiente para a demanda prevista. “Maceió já está com toda sua estrutura pronta, aguardando apenas o cumprimento do envio das demais doses pelo Governo do Estado”, acrescentou a nota, enviada pela SMS à época.