Construindo pontes
Conversa com chefes de poderes robustece a prática democrática da atividade política
Divulgação

No campo político local, há de se considerar como fato significativo o gesto recente do deputado federal Arthur Lira, novo presidente da Câmara dos Deputados, que cumpriu uma agenda com os chefes dos poderes constituídos do Estado e o prefeito de Maceió.
Uma semana após a vitória em Brasília e sendo alvo central das expectativas em relação ao andamento dos grandes temas que preocupam o País, como a pandemia, Arthur Lira fez valer o que disse em seu discurso de posse: olhar para as raízes alagoanas, cujas conquistas obtidas ele atribui à generosidade do povo.
Se as diferenças afloradas pelo ainda recente embate eleitoral não se dissiparam, que elas não sejam obstáculos capazes de obstruir o caminho do diálogo. E parece que esse é o sentimento do presidente da Câmara dos Deputados, verbalizado às lideranças locais. Afinal, como disse Ulysses Guimarães, “não se pode fazer política com o fígado, conservando o rancor e ressentimentos na geladeira”.
Do presidente da Assembleia Legislativa, Lira colheu o entusiasmo pela oportunidade de melhor conectar os interesses de Alagoas e de seus municípios com o governo da União, como resumiu o deputado Marcelo Victor.
No encontro com o prefeito, Lira tomou conhecimento da extensa lista de projetos pendentes em Brasília, que JHC tenciona destravar, como o programa “Maceió de frente pra lagoa”. Com os desembargadores do Tribuna de Justiça, recebeu apoio pela defesa do entendimento entre as instituições.
Arthur Lira esteve no segundo andar do Palácio República dos Palmares e ouviu de Renan Filho o desejo de trabalhar em harmonia. O governador elencou projetos que considera importantes, como o andamento do Canal do Sertão. Trata-se, na verdade, da maior obra hídrica da atualidade em solo alagoano, viabilizada pelo governo federal.
Aliás, sobre o Canal do Sertão e sua importância para o desenvolvimento de Alagoas, vale salientar o fato de já existir 125 km de calha com água. Infelizmente, o governo do Estado está devendo aos alagoanos efetividade nos projetos complementares para irrigação, diversificação agrícola e assentamentos, que vão gerar empregos e divisas.
Quanto ao périplo de Arthur Lira, fica o simbolismo de quem estendeu a mão em nome de uma causa maior. Em tempos de intolerância, construir pontes robustece a visão de que as soluções aparecem pela prática democrática da atividade política.
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