O arcebispo metropolitano de Maceió, Dom Carlos Alberto Breis Pereira, enviou uma carta aos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos da capital e de municípios da Grande Maceió convidando-os para uma celebração da vitória no pleito deste ano. A missa foi agendada para o dia 11 de dezembro (uma quarta-feira), às 9h, na Catedral Metropolitana de Maceió.
No documento encaminhado, o líder da Igreja Católica disse que a intenção é celebrar o êxito nas urnas, em forma de “ação de graças e pedido de bênção do Bom Pastor por excelência [Jesus Cristo], cujos sentimentos do coração e cujas ações devem sempre nos inspirar e interpelar”.
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Um dos convidados é o vereador por Maceió, Leonardo Dias (PL), reeleito com mais de 10 mil votos no último dia 6 de outubro. No expediente inicial da sessão ordinária da Câmara, nessa quinta-feira (31), ele fez a leitura da carta e convidou os colegas reeleitos a atenderem ao convite e comparecerem à celebração eucarística.
Beto Breis parabenizou os candidatos eleitos e reeleitos e os aconselhou a trabalhar em benefício dos que mais precisam dos poder público. “Que o Senhor vos abençoe nesse verdadeiro ministério em favor do povo que vos escolheu e elegeu. Entre as alegrias diante dos resultados das urnas em vossas cidades, as exigências da missão como representantes do povo também impõem o olhar para os próximos anos com a esperança permeada de responsabilidade e empenho pelo bem comum”, escreveu.
Na carta, o arcebispo ressaltou que a palavra responsabilidade é traduzida como ‘responder’, no latim, sendo sugestiva ao ser empregada no contexto da tarefa pública desenvolvida pelos políticos de mandato.
“Responder e corresponder às expectativas das populações, sobretudo dos mais feridos em seus direitos fundamentais, é princípio a nortear vossos sentimentos e iniciativas. A propósito, na Bíblia, há uma abundância de referências às lideranças do povo como pastores do seu rebanho. Eram considerados pastores todos aqueles que tinham responsabilidades sobre os outros, de modo particular as autoridades civis e religiosas”, frisou.
Para ele, na política, há lugar, também, para amar com ternura. “Em que consiste a ternura? No amor, que se torna próximo e concreto. É um movimento que brota do coração e chega aos olhos, aos ouvidos e às mãos. (...) A ternura é o caminho que percorreram os homens e as mulheres mais corajosos e fortes. No meio da atividade política, os mais pequeninos, frágeis e pobres devem enternecer-nos: eles têm o “direito” de arrebatar a nossa alma, o nosso coração. Sim, eles são nossos irmãos e, como tais, devemos amá-los e tratá-los”, disse, citando falas do Papa Francisco.