Um levantamento feito junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) aponta que Alfredo Fragoso Sobrinho, de 41 anos, detido pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) como suspeito de envolvimento no sumiço do estudante Abinael Ramos Saldanha, já havia sido detido em outra ocasião pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público Estadual (Gecoc). Ele seria integrante de uma quadrilha presa durante a Operação Tesoura,realizada pelas forças da Segurança Pública em junho de 2014.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira, as diligências mostram que Alfredo Fragoso teria tido acesso ao aparelho celular de Abinael. Ele e outro suspeito, identificado como Jalves Ferreira Rocha da Silva, encontram-se presos. Os dois tiveram a prisão temporária decretada pela 17ª Vara Criminal da Capital.
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À época da Operação Tesoura, as autoridades policiais apontaram que Alfredo Fragoso e outros seis suspeitos atuavam em uma organização criminosa que seria responsável pelo roubo de veículos em vários estados, a exemplo de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O bando, segundo investigações, atuava em estacionamentos de shoppings e grandes supermercados. Eles também roubavam objetos de valor dos proprietários.
O delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, afirmou, na manhã desta quarta-feira (22) que as investigações sobre o desaparecimento do estudante Abinael Ramos Saldanha levam a crer que ele está morto. Conforme o delegado-geral, a Polícia Civil disponibilizou "o que há de melhor" para apurar o caso e apreendeu equipamentos eletrônicos usados pela vítima.