O sepultamento do motorista por aplicativo Márcio Vieira foi marcado, nesta quinta-feira (11), por um sentimento de revolta e cobrança por justiça. O corpo foi enterrado no cemitério São José, no bairro Trapiche da Barra.
Ele foi encontrado, na manhã dessa quarta (20), morto e seminu ao lado do carro, um Ônix Preto, que alugava para fazer as corridas.
"Eu quero justiça. Quero que faça justiça com esses monstros que tiraram a vida do meu marido. Tiraram a vida dele brutalmente, sem dar condições dele se defender. Eu não sei nem explicar essa dor que estou sentindo. Parece que está rasgando tudo dentro de mim", disse Rosemeire Santos Rocha, viúva de Márcio.
Ela contou que falou com Márcio por telefone, momentos antes dele desaparecer. Segundo Rosemeire, ele estava estranho, pois sempre que se falavam costumava prolongar a conversa, o que não aconteceu dessa vez.
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Rosemeire disse ainda que sempre esperava Márcio até as seis horas da manhã, porque era o horário que ele retornava para casa. Quando o esposo não retornou e sabendo que o carro tinha um rastreador, ela afirmou que buscou a proprietária do veículo para saber a localização em que o automóvel estava.
O motorista por aplicativo Jaibson de Lima Castro também esteve presente no sepultamente e cobrou mais segurança para a categoria, além de lamentar o que aconteceu com Márcio Vieira.
"Eu faço esse apelo ao secretário de Segurança [Flávio Saraiva]. A gente quer justiça nesse crime e também segurança para motorista por aplicativo, que é um trabalhador igualmente a todos que tem aqui em Maceió. O Márcio Vieira era amigo próximo meu. Eu andava na casa dele, ele andava na minha, almoçava junto. Eu estou aqui indignado. Hoje foi ele, amanhã pode ser eu, entendeu?", questionou.
Márcio era presbítero na Igreja AD Brás, localizada no bairro Tabuleiro do Martins, na parte alta de Maceió. A Polícia Civil está investigando o caso.