A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) segue em busca de Mário José Barbosa de Melo, suspeito de assassinar a golpes de faca a transsexual Jasmine Silva, no dia 8 de janeiro, na Via Expressa, em Maceió.
Durante a investigação, Mário José foi ouvido e confessou o crime à polícia, mas, como não havia mandado de prisão na ocasião, ele acabou sendo liberado e está foragido.
“O suspeito está foragido e seguimos na tentativa de prendê-lo”, disse o delegado Fábio Costa, responsável pela investigação.
Segundo a polícia, Mário José Barbosa de Melo confessou ter matado Jasmine após confundir ela com outra trans que havia saído com ele um mês antes e que tinha furtado dele uma quantia em dinheiro. A história não convenceu a polícia, que, após investigações, esclareceu o caso.
As investigações apontaram que o homem já saiu de casa com a intenção de matar, tendo em vista que levou consigo a faca utilizada no crime. Mário morava a cerca de 800 metros de distância do local onde fica o ponto das garotas de programa e chegou a repassar o celular da vítima para o cunhado, que vendeu o aparelho para outra pessoa, sendo localizado pela polícia.
Ao cunhado, Mário chegou a confessar que havia cometido um homicídio.
PENA MÁXIMA
O presidente do Conselho de Combate à Discriminação LGBTQIA+ de Alagoas, Messias Mendonça, pediu pena máxima para o suspeito de matar Jasmine.
Mendonça elogiou o trabalho da polícia diante do caso, que foi esclarecido, mas espera que o autor seja preso o mais rápido possível. Para ele, o crime de homofobia não pode ficar impune no Estado.
“Hoje, a gente percebe que há um novo formato de autoridade em Alagoas. Existe um papel da polícia na proteção desse público LGBTQIA+. Por isso, o caso não pode ficar sem uma resolução. O suspeito tem que ser preso. Ele precisa de pena máxima”, disse em entrevista à TV Pajuçara.
Nildo Correia, presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGAL),também lamentou a morte de Jasmine.
“Infelizmente é triste ver casos como o de Jasmine, e ainda mais no mês da visibilidade trans. É a partir disso que temos a certeza de que a impunidade e crimes como este não deixarão de existir no nosso país”.