Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > POLÍCIA

PF deflagra operação após identificar rombo de R$ 2,3 milhões no INSS

Polícia cumpre 27 mandados de busca e apreensão e 32 de condução coercitiva em várias cidades

A Superintendência da Polícia Federal (PF) em Alagoas deflagrou, na manhã desta terça-feira (15), a operação Capinagem, com o objetivo de desarticular um esquema de fraudes praticadas contra a Previdência Social na concessão de pensões por morte e salário-maternidade. Estão sendo cumpridos 27 mandados de busca e apreensão e 32 de condução coercitiva em várias cidades. O rombo na previdência passa de R$ 2,3 milhões.

A ação tem o apoio do Ministério do Trabalho e Previdência Social e determinou o afastamento temporário das funções dos servidores do INSS suspeitos. Cerca de 120 policiais federais e 8 servidores da Assessoria Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Riscos (APEGR). Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Santana do Ipanema.

Leia também

Segundo as investigações, indícios apontam o envolvimento de servidores do INSS, intermediários e presidentes de sindicatos rurais nas fraudes. O esquema consistia na falsificação de documentos (certidão de casamento, nascimento, óbito, contratos de comodato, declaração de exercício de atividade rural) com o objetivo de simular que o instituidor da pensão por morte ou da beneficiária de salário maternidade seria trabalhador rural.

A preferência pelo benefício de pensão por morte ocorre pelo fato de que, quando o instituidor deixa dependentes menores de 18 anos, contra eles não corre a prescrição, sendo determinado então o pagamento de todos os valores "devidos" desde a data do óbito. Dessa forma, o pedido feito vários anos depois do óbito do instituidor geraria elevados valores a serem pagos a título de "retroativos" ou "atrasados".

Após a concessão indevida do benefício, os intermediários/aliciadores se apropriavam dos valores desses pagamentos retroativos e ainda obrigavam o beneficiário a tomar empréstimos consignados para pagar os integrantes do esquema. Esses benefícios eram direcionados aos servidores envolvidos para que fossem concedidos sem questionamento quanto à autenticidade dos documentos. Em muitos casos constatou-se que os servidores forjavam entrevistas com os beneficiários, os quais sequer iam à agência do INSS.

O Ministério do Trabalho e Previdência Social identificou essas irregularidades em 40 benefícios, causando um prejuízo corrigido de R$ 2.378.917,16. Outros 70 processos concessórios de benefícios suspeitos já se encontram na Polícia Federal para apuração, razão pela qual se estima que o prejuízo total final possa ser muito maior. Os envolvidos na fraude responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, prevaricação, estelionato previdenciário e furto mediante fraude.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas