A Polícia Federal (PF) já abriu inquérito para investigar a ameaça feita a procuradores do trabalho em Alagoas. A carta contendo a ameaça passará por uma análise no setor de Papiloscopia para que os fragmentos das impressões digitais sejam confrontados com um banco de dados. Já as filmagens da sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) onde a "encomenda" foi deixada serão periciadas.
De acordo com informações do delegado federal Marco Antônio, do setor de Defesa Institucional, a carta foi entregue na última quinta (17) à PF e o inquérito civil instaurado ontem. Para ele, o conteúdo representa uma ameaça ao MPT quanto às investigações em âmbito trabalhista dentro de prefeituras do estado.
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"Agora, vamos nos debruçar sobre as imagens do circuito interno do Ministério Público, que flagraram um homem de capacete deixando o material. Elas serão periciadas pelo setor Técnico Científico. Por sua vez, a própria carta já se encontra no setor de Papiloscopia, onde impressões digitais são analisadas e, se for possível extrair um fragmento delas, o material será confrontado com o nosso banco de dados de digitais das carteiras de identidade", explicou Marco Antônio, afirmando não haver prazo determinado, mas o processo pode durar, em média, 15 dias úteis.
O delegado esclareceu que a pessoa identificada será chamada a prestar esclarecimentos sobre a possível autoria. "Ao final da investigação, podemos indiciar o suspeito pelo crime de Coação no Curso do Processo, pelo artigo 344, do Código Penal (CP). Ela pode pegar de um a quatro anos de reclusão mais pena de multa. O inquérito dura até trinta dias, podendo ser prorrogado por mais trinta".
Ameças
O Ministério Público do Trabalho divulgou ontem a carta anônima deixada na Procuradoria Regional de Alagoas, no último dia 14, com ameaças a procuradores do Trabalho que atuam no estado.
A carta foi deixada no local por um motoqueiro e é feita com recortes de revista. Nela, há a ameaça: "Senhores procuradores, deixem nossas prefeituras trabalharem em paz! Seu sonho não pode ser realizado. Cuidado na cabeça".
No final do documento, é possível ver uma figura que ilustra um procurador algemado. Em outro envelope, deixado junto à carta, também foi entregue a foto de um homem.
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