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PC vai pedir bloqueio de bens de produtor para ressarcir formandos

Produtor de eventos, de 39 anos, acusado de praticar golpes contra formandos de escolas e faculdades de Maceió foi preso nesta quinta

Após a prisão preventiva do produtor de eventos acusado de praticar golpes contra formandos de escolas e faculdades de Maceió, a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) vai pedir, à Justiça, o bloqueio de bens e as restrições patrimoniais para ressarcir os danos causados às mais de 40 vítimas.

De acordo com o delegado Igor Diego, na manhã de hoje, os policiais cumpriram um mandado de prisão preventiva contra o suspeito, expedido pela 10ª Vara Criminal da Capital, que foi localizado na casa de parentes, na cidade de Marechal Deodoro.

Já na residência do suspeito, no bairro do Feitosa, onde os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão, não foram encontrados móveis e nem eletrodomésticos, o que indica que o suspeito já não residia mais no local.

“Foi realizada busca e apreensão na casa dele, e foi verificado que ninguém mais morava na casa, que a casa estava esvaziada, inclusive, na geladeira não tinha nenhum alimento, o que demonstra que ninguém morava na localidade. O grande objetivo era encontrar objetos patrimoniais que pudessem ressarcir os valores pagos pelas vítimas. A Polícia Civil vai agora realizar todos os procedimentos finais e encaminhar tudo ao poder judiciário pedindo o bloqueio das contas bancárias bem como as restrições patrimoniais, para que, eventualmente, esses bens sendo encontrados, possam ser para realizar o ressarcimento dessas vítimas”, disse o delegado.

A Deic estava investigando o suspeito após a denúncia dos estudantes. A polícia ouviu todas as cinco turmas, com 40 pessoas, aproximadamente.

O delegado Sidney Tenório, também da Deic, explicou que o produtor de eventos deve ser interrogado ainda nesta quinta-feira e formalmente indiciado por crimes de estelionato. “Em seguida, o acusado deve ser encaminhado para a Casa de Custódia, onde ficará à disposição do Poder Judiciário”, concluiu.

Defesa

O advogado de defesa alegou que houve desorganização por parte do empresário, que usou o dinheiro das vítimas para cobrir outros eventos. “Existem pontos a serem esclarecidos. Ele foi preso acusado de estelionato, mas não houve vantagem para si, ele não comprou nada com aquele dinheiro. Por vezes, ele perdeu o foco e cobria o dinheiro de uma festa com o dinheiro de outra festa, por conta de alguns estudantes inadimplentes, que pagavam algumas parcelas e outras não, por isso ele teve essa dificuldade financeira”, explicou Wallace Miranda.

A defesa afirmou que o produtor do evento vai ressarcir todas as vítimas do golpe. Segundo ele, o valor devido às vítimas é de, aproximadamente, R$ 120 mil. “Ele agora vai hipotecar o imóvel dele, que se eleva em muito do que ele deve e vai pagar a todo mundo. Eu garanto que ele vai pagar a todos, mas não será de uma hora para outra, até porque precisa de questões contratuais com as instituições financeiras”, disse.

Ele nega que o suspeito tenha tentado fugir, apesar da polícia ter encontrado o imóvel que ele reside em Maceió vazio. “Felipe não abandonou seu imóvel, ele foi detido na casa do irmão porque ele estava com medo de ser linchado, já que foi ameaçado várias vezes, mas em momento nenhum houve fuga”.

O caso

Até o início da semana, os investigadores tinham ouvido mais de 40 pessoas que se diziam prejudicadas na contratação dos serviços da empresa que se apresentava como produtora de formaturas. O empresário é suspeito de receber valores altos para os eventos sem honrar com o compromisso firmado nos contratos.

As testemunhas ouvidas pela polícia são alunos de duas turmas, sendo uma de uma escola técnica de enfermagem e a outra de uma escola do ensino médio. Segundo a autoridade policial, todos os depoimentos foram uníssonos ao afirmar que contrataram os serviços e pagaram por eles, mas os eventos não foram realizados.