O pai da menina de um ano e oito meses de idade, que morreu após ser supostamente estuprada nessa segunda-feira (4), já possuía mandado de prisão em aberto desde 2018, na cidade de Barreiros, em Pernambuco, por estupro contra a filha mais velha, à época, com 10 anos. Ele foi preso em flagrante, em Maceió, como principal suspeito pelo crime contra a bebê.
O delegado Eduardo Mero, coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também solicitou à Justiça a prisão preventiva do suspeito.
"Até então, ele nega a autoria do crime contra a menor de um ano e oito meses. Durante depoimento, disse que não tem envolvimento, que, quando acordou, a filha já estava morta. Só que, também, escutamos outras testemunhas, inclusive, a mãe da menor. Um dos depoentes, que estava no local, disse que escutou ele dizendo que havia matado a filha. O mandado em aberto é de estupro contra a filha mais velha, à época, tinha 10 anos. Hoje a menina têm 12 anos", informou o delegado.
Além da suspeita do crime contra a filha menor e por responder pelo crime contra a filha mais velha, o genitor também responde por tráfico de drogas. A polícia aguarda, agora, o laudo feito pela Perícia Oficial, que deve apresentar dados genéticos sobre o suspeito, apontando, assim, ligação ou não com o crime.
"Ele apresentava sinais de uso de drogas. Todas as provas foram colhidas, mesmo sem a confissão, levam ele a autoria. Nos leva a crer que ela já vinha sendo abusada diariamente. Mas, o laudo pericial será essencial para fecharmos o caso", disse o delegado, acrescentando que o caso fica com a delegada Rebecca Cordeiro, que deve concluir o inquérito.
Após ser preso, o suspeito foi encaminhado para a Central de Flagrantes I, no Farol, nessa segunda. De lá, ele deve seguir para o sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.
O CASO
Nessa segunda-feira (4), a bebê foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jacintinho, com ferimentos nos órgãos genitais. Na unidade de saúde, o pai informou que ela teria caído do segundo andar de um prédio abandonado no bairro da Mangabeiras, onde eles moram.
A equipe médica, por sua vez, suspeitou dos ferimentos e avisou ao Conselho Tutelar, que acionou a Polícia Militar (PM).