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Operação prende organizações criminosas que sonegavam tributos na venda de aves em AL e PE

Sete pessoas foram presas, sendo cinco em Alagoas e duas em Pernambuco

Sete pessoas foram presas, sendo cinco em Alagoas e duas no município de Garanhuns, no interior de Pernambuco, na manhã desta quinta-feira (8), suspeitas de integrar organizações criminosas que vendiam e distribuíam aves de maneira irregular nos dois estados. A operação, batizada de Pirâmide Feudal, foi deflagrada para cumprir 34 mandados judiciais.

Um dos alvos, de acordo com o comando do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), seria um fiscal da Adeal [Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas]. Segundo o tenente-coronel Everaldo Liziário, o servidor público já era considerado foragido. Agentes da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC) também foram mobilizados para a ação.

Informações repassadas pelo oficial da PM dão conta de que, em uma das residências, em Arapiraca, em que os policiais estiveram cumprindo mandado de busca e apreensão, foram encontrados R$ 100 mil guardados em um cofre.

Uma vasta quantidade de dinheiro em espécie e, até mesmo, em dólares e Euro foi apreendida durante a operação. As equipes policiais também apreenderam armas, munições e cadernos com anotações.

Grande volume de dinheiro foi apreendido durante operação

De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), a operação tinha o propósito de desarticular três organizações criminosas independentes estruturalmente, mas que dividiam as tarefas para venda, compra e distribuição de aves com teórica sonegação de tributos devidos. Em Alagoas, os grupos estariam acostumados a atuar nos municípios de Arapiraca, Palmeira dos Índios, Ibateguara, São José da Tapera e Penedo. Em Pernambuco, agiam em Garanhuns e Correntes.

Ao todo, foram expedidos 34 mandados pela 17ª Vara Criminal da Capital, sendo 14 de prisão e mais 20 de busca e apreensão. A operação é fruto de um trabalho investigativo da DEIC, realizado de maneira integrada com o BPRv.

As organizações criminosas seriam responsáveis, em tese, pela prática de condutas graves, como a aquisição e distribuição de aves (frangos) em transportes irregulares, com ausência do cumprimento de requisitos sanitários, sonegação fiscal, corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos, comercialização irregular de aves impróprias para consumo e comercialização de armas de fogo.

De acordo com a polícia, a operação ganhou o nome de “Pirâmide Feudal”, porque a estrutura das organizações criminosas se comparava à de uma pirâmide, sendo os donos das granjas igualados aos reis, que enriqueciam por meio da sonegação fiscal, adulteração de documentos e venda de frangos inapropriados para consumo mediante corrupção de agente público. Na estrutura, ainda havia a figura dos intermediadores, lobistas e negociantes, cada um deles com uma função bem definida para fazer o ‘negócio’ ilícito funcionar.