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HOME > notícias > POLÍCIA

'O delegado Paulo Cerqueira não me ouviu sequer como testemunha', afirma ex-juiz Marcelo Tadeu, vítima de atentado

Alvo de atentado que matou advogado relata detalhes do caso, que resultou no indiciamento de delegado-geral da PC

Um dia após o vazamento do conteúdo do inquérito da Polícia Federal (PF) que indiciou o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira, pela morte do advogado Nudson de Freitas, o ex-juiz Marcelo Tadeu chamou a imprensa para passar a versão dele acerca dos fatos apurados. Ele se classifica como uma vítima, com base na conclusão dos investigadores, de que seria [ele] o alvo do atentado, e não, o profissional do Direito. Em sua alegações, Tadeu pontuou que o delegado não o ouviu, sequer, como uma testemunha do caso.

Na entrevista coletiva concedida no escritório de um empresarial, no bairro da Pajuçara, na manhã desta sexta-feira (9), Tadeu disse que, “por conta da postura de retidão, teve alguns problemas de insatisfação em Alagoas”.

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Ele contou que, em 2009, saiu do médico com os filhos e os deixou em casa. Depois, precisou ir a uma farmácia, para comprar remédios. Foi quando disse que deu de cara com o advogado Nudson.

“Abruptamente, desisti de entrar na farmácia e fui para a oposta. Assim que entrei já na outra farmácia, ouvi tiros, fiquei preocupado e fiquei observando. Perguntei a uma senhora o que tinha acontecido e ela contou que dois homens tinham atirado. Depois, fiquei sabendo que, na situação, um suspeito avisou para o outro que tinha matado a pessoa errada e que eu estava trajado com roupas parecidas com a vítima”, relatou.

E acrescentou: “por estas coincidências cabulosas, coloquei num papel e enviei em um pedido oficial ao governador Teotônio Vilela, pedindo atenção do Estado para que investigasse de modo que ficasse bem claro. Isso está tudo documentado. Não tive resposta. Procurei pessoalmente o senhor Paulo Cerqueira, na época diretor de inteligência. O delegado não me ouviu sequer como testemunha. Desde o primeiro instante se negou a isso, não quis saber de investigar em uma possibilidade de erro de execução”.

Ex-magistrado dá detalhes do caso durante coletiva
Ex-magistrado dá detalhes do caso durante coletiva | Foto: Marcos Rodrigues

INDICIAMENTO

A PF indiciou o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas (PC-AL), Paulo Cerqueira, como autor intelectual do atentado que teria como alvo o ex-juiz Marcelo Tadeu e matou, por engano, o advogado mineiro Nudson Harley Mares de Freitas, no dia 3 de julho de 2009, em Mangabeiras. A Gazetaweb teve acesso à íntegra do indiciamento, no qual a PF traz o caso com riqueza de detalhes, citando depoimentos, interceptações telefônicas e outros elementos.

De acordo com as investigações da PF, o autor material do crime, Antônio Wendell de Melo Guarniere, foi cooptado pelo policial militar Natan Simião para praticar um homicídio. Simião, embora não tenha dito a Guarniere, agia a mando de Paulo Cerqueira, segundo a polícia.

Segundo a PF, as evidências indicam que o advogado foi morto, por engano, no lugar de Marcelo Tadeu. A investigação da PF aponta que Paulo Cerqueira ficou responsável pela investigação do homicídio do advogado após ter avocado o inquérito para ele sem nenhum motivo e que ele nunca considerou a hipótese de que a vítima do crime era para ser Tadeu, à época juiz de Direito.

A PF concluiu que, no inquérito presidido por Paulo Cerqueira, a pessoa de Wendelle Guarnieri, sequer, foi citada e que, durante as investigações, não foi realizada nenhuma diligência que pudesse afastar a tese de “erro na execução”. Além disso, a Polícia Federal concluiu que Paulo Cerqueira tentou encerrar as investigações precocemente, o que só não ocorreu por intervenção de Marcelo Tadeu.

A Gazetaweb entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Alagoas e aguarda posicionamento sobre o caso.

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