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MP cobra regulamentação da atividade dos policiais penais após denúncias contra categoria

Promotora publicou nota técnica por meio da qual sugere projeto de lei para regulamentação da atuação destes servidores

Diante de denúncias que recebeu sobre prática de retaliação aos presos e do embate entre advogados e a chefia do Presídio do Agreste, a promotora Marluce Falcão de Oliveira, coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos do Ministério Público de Alagoas (MPAL), sugeriu a elaboração de um projeto de lei que regulamente a atuação funcional dos policiais penais e agentes administrativos do sistema penitenciário de Alagoas.

Ela publicou uma nota técnica no Diário Oficial Eletrônico do MPAL, na edição desta quinta-feira (13), por meio do qual recomenda a criação de uma comissão formada por membros do Ministério Público, Poder Judiciário, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil, Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social e Procuradoria-Geral do Estado para que seja elaborada a minuta da proposta.

A sugestão se deu após a promotora ser informada oficialmente de representação, protocolada pela OAB/AL, contra o chefe do Presídio do Agreste, o policial penal Rodrigo de Lima e Silva, por suposta prática de abuso de autoridade. O servidor, segundo a Comissão de Direitos Humanos da Ordem, teria impedido, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do reeducando com o seu advogado.

Por outro lado, o referido chefe da unidade prisional registrou um Boletim de Ocorrência contra os advogados Roberto Moura, que preside a comissão na OAB, e Thiago Rodrigo de Oliveira Silva, por prática de corrupção ativa, incidindo, no crime de denunciação caluniosa.

Além da treta entre os advogados e policial penal, Marluce Falcão recebeu relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura após inspeção em sete unidades prisionais alagoanas, ocorridas entre os dias 15 e 20 de agosto. O documento, segundo a promotora, retrata com detalhes a realidade vivenciada por policiais penais, agentes administrativos e reeducandos no Presídio do Agreste.

“O relatório noticia práticas de retaliação aos presos pela administração da Unidade Penitenciária do Agreste, com emprego de sanções individuais e coletivas, cruéis e degradantes, com emprego de violência física e privação alimentar, em flagrante violação à legalidade e aos direitos humanos da pessoa privada de liberdade, o que deve ser objeto de investigação administrativa e penal”, revela um trecho da nota técnica do MPAL.

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Uma das situações relatadas diz respeito à fuga no Presídio do Agreste, ocorrida em 31 de julho de 2022. De acordo com o documento, os reeducandos recapturados teriam sofrido severas retaliações, violência física e privação alimentar durante dias. A conclusão preliminar da promotora foi de que a “a aplicação de medidas disciplinares na unidade encontra-se, portanto, em desconformidade com as normativas mínimas internacionais para tratamento de pessoas presas, violando direitos básicos dos reeducandos”.

O presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Alagoas (SINASPPEN), Vitor Leite, nega que houve tortura de presos e diz repudiar veementemente a postura da OAB em “criar factoides contra a categoria”. “O que houve foi um trabalho do uso progressivo da força no momento de indisciplina dos reeducandos”, alegou.

Sobre a regulamentação da atividade dos policiais penais, o representante da categoria acredita que a OAB não teria competência para encaminhar este tipo de pauta. Segundo ele, já há uma legislação que norteia a atividade dos policiais penais e um projeto de regulamentação e reestruturação da atividade será encaminhado em breve ao Poder Legislativo.

Acerca das denúncias contra o chefe do Presídio do Agreste, Leite defende a apuração rigorosa e a punição, caso algum delito seja comprovado. “A Unidade do Agreste é complicada, já que recebe R$ 6 milhões para prestar serviço, e, das 17 fugas no sistema prisional de Alagoas este ano, 12 foram lá. É preciso que haja mudanças no sistema de gestão do presídio para que fatos assim não ocorram”, avalia.

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