
A mãe da adolescente de 13 anos Cauane Lays de Araújo, morta a tiros por engano no bairro Santa Amélia, em Maceió, pediu Justiça pelo assassinato da filha e diz que a “casa está vazia” com a ausência da menina.
Cauane foi assassinada em uma praça no último sábado, dia 1º. O suspeito foi preso em flagrante no dia seguinte e confessou o crime.
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Bruno Ferreira da Silva, de 28 anos, alega que foi ameaçado de morte por um traficante caso não matasse um adolescente de 17. No entanto, apesar de ter recebido, por telefone, a imagem do verdadeiro alvo do ataque, ele atingiu Cauane Lays, que morreu antes mesmo de ser socorrida.
Lays Deyse, a mãe da adolescente de 13 anos, desabafou sobre a morte da filha, afirmando não consegue dormir nem comer depois do que aconteceu.

“Minha casa está vazia, meu quarto está vazio. Desde sábado não como, não sei o que é dormir. Acabou com a minha vida”, desabafou a mãe.
De acordo com Bruno Ferreira, à polícia, ele tinha uma dívida de R$ 7 mil com um traficante conhecido como Lipe, que está preso. No entanto, Lipe teria repassado o débito para outro envolvido com o tráfico.
Esse outro traficante, segundo Bruno Ferreira, começou a ameaçá-lo e ameaçar a sua esposa e as suas filhas, caso ele não matasse uma pessoa identificada como Danilo.
Bruno disse que, por conta das ameaças, decidiu cometer o crime e foi instruído por telefone. Na noite em que Cauane Lays foi morta, ela estava na praça acompanhada de outros adolescentes, entre eles Danilo
“Acho que nenhuma mãe espera isso, de ver seu filho estirado no chão, ainda mais da forma que eu vi minha filha: estirada ali como se fosse uma filha de um bandido, ou se tivesse envolvida com o tráfico, ou se fizesse alguma coisa de errado”, enfatizou a mãe da vítima.
Ela detalha que a filha era sorridente, uma “menina maravilhosa” e pediu Justiça.
“Cauane era uma menina maravilhosa. Sorriso inexplicável. Uma menina que tinha um coração enorme. Eu quero Justiça, mas minha filha não volta mais. Vai ser uma dor que quem vai carregar sou eu para o resto da minha vida”, explanou Lays Deyse.
Câmeras de videomonitoramento mostram quando o suspeito se aproxima do grupo e começa a atirar. Imediatamente todos correm, mas Cauane é atingida pelos disparos e cai.
O adolescente, verdadeiro alvo do atentado, ficou ferido, mas sobreviveu.
Após o assassinato, Bruno disse que queimou as roupas usadas durante o homicídio para se livrar de evidências.
A Justiça decretou a prisão preventiva de Bruno Ferreira.