Mãe de criança diz que foi agredida e forçada pela polícia a confessar crime

Darcinéia Almeida denunciou que ela e o marido ainda sofreram tortura psicológica dentro da Delegacia de Homicídios

A mãe e o padrasto da criança sequestrada e morta no Clima Bom foram conduzidos à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro de Chã de Bebedouro, na noite dessa terça-feira (15). Os dois foram ouvidos pelo delegado Bruno Emílio, responsável pela investigação. O curioso, no entanto, é que a mãe da criança denunciou ter sido agredida e forçada pela polícia a confessar a morte do menino.
Segundo informações extraoficiais repassadas à TV Gazeta, o casal teria algum tipo de participação na morte brutal da criança. 
Já em entrevista à Rádio 98FM, a mãe do garoto, Darcinéia Almeida Campos, afirmou que policiais civis e o delegado foram até sua residência, na noite de ontem, e a levaram junto com seu esposo, para o que seria um "atendimento psicológico". A mulher relata que, lá, foi agredida com tapas nas costas e que a ameaçaram dar choques com um fio elétrico.
"Ficaram dizendo que eu e meu esposo matamos o menino. Eles deram tapas nas minhas costas, pegaram um fio dizendo que iam me dar choque elétrico, que iam queimar a minha casa e dizer para a população que eu era culpada pela morte", denunciou Darcinéia.
Segundo José Roberto, padrasto da vítima, os dois ficaram em locais separados. Ele afirma que não chegou a ser agredido, mas que sofreu tortura psicológica.
"Eles falaram para minha esposa que eu tinha confessado o crime e que toda a família dela suspeitava de mim. Me forçaram a dizer que eu era culpado. Ela disse que foi espancada por um policial alto. Minha esposa chegou em casa pior do que estava. Estão acusando a gente de fazer isso com o menino", declarou.
A Gazetaweb tentou contato com o delegado, mas as ligações não foram atendidas. A reportagem tenta, no momento, falar com a assessoria de comunicação da Polícia Civil. 

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