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Laudo pericial descarta lesões de defesa e sinais de luta no corpo da menina Katharina

Ela foi encontrada enforcada no estábulo da família em Palmeira dos Índios, em julho deste ano


				
					Laudo pericial descarta lesões de defesa e sinais de luta no corpo da menina Katharina
Katharina morreu em julho deste ano. Foto: Reprodução

O laudo pericial da reprodução simulada do caso da menina Katharina, de 10 anos, encontrada morta no estábulo da família em Palmeira dos Índios, Alagoas, foi concluído e aponta que ela teria amarrado uma corda e cometido suicídio sozinha. Também foram descartadas marcas de lesões no corpo da criança. O caso ocorreu em 8 de julho deste ano.

A informação foi repassada pelo chefe de operações da Delegacia Regional da cidade, Diogo Martins, que informou que, no laudo, não foram identificadas lesões de defesa nem sinais de luta no corpo da menor.

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“O laudo pericial da reprodução simulada dos fatos que aconteceram no caso da menina Katharina, que foi encontrada morta em sua residência, ficou pronto. Os peritos constataram que era possível a menina ter amarrado a corda e cometido suicídio sozinha. Não foram identificadas lesões de defesa nem sinais de luta no corpo da criança.”

O irmão da menina estava com ela antes da morte. As duas crianças brincavam no estábulo quando o menino sofreu um corte e foi socorrido pelos pais até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), deixando Katharina no imóvel. Ao retornarem, encontraram a filha morta, enforcada.

“Também no local não havia indícios que apontassem a participação de uma terceira pessoa. O inquérito foi concluído, ninguém foi indiciado. Não há elementos que indiquem que alguém tenha cometido um crime”, acrescentou Martins.

A reprodução simulada do caso foi realizada em 3 de setembro e, na ocasião, a mãe da menina, Maria Virginia, disse que ela e os filhos eram agredidos pelo pai. A mãe, inclusive, após a morte de Katharina, pediu a separação e solicitou uma medida protetiva contra o ex-marido.

“Ele batia muito nela, muito. Batia nas mãos dela. Chamava-a de coisas feias. Quando ele batia nela, eu entrava no meio e apanhávamos nós três. Porque o menino [irmão de Katharina] também ia para cima e apanhava com a gente”, disse na ocasião.

Diogo Martins afirmou, no entanto, que esse caso está sendo investigado. “Nós, agora, trabalhamos com o segundo fato, os maus-tratos que foram apontados pela mãe. Esse inquérito corre paralelo ao do suicídio. Nós vamos trabalhar nele agora, levantar informações, concluí-lo e remetê-lo à Justiça”, finalizou.

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