Após ser atingido por 15 tiros durante um atentado no dia 23 de dezembro, Elizeu Barbosa de Oliveira Júnior, conhecido como Júnior Barbosa, morreu sem prestar depoimento à Polícia Civil.
De acordo com o delegado Leonam Pinheiro, que estava responsável pelas investigações, devido a gravidade do estado de saúde da vítima não foi possível ouvi-lo.
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O sobrinho do deputado estadual Marcos Barbosa passou 20 dias internado no Hospital Geral do Estado (HGE) e morreu nessa segunda-feira (11) em decorrência da gravidade dos ferimentos.
Nesta terça-feira (12), a assessoria da Polícia Civil informou que o caso agora passará a ser investigado pelo delegado Gustavo Xavier.
Questionado sobre o rumos do inquérito durante os 19 dias entre o atentado e a morte da vítima, Leonam Pinheiro não informou se já tinha linhas de investigação ou se já tinha colhido depoimentos. Ele disse que deve passar as informações para o delegado que vai assumir o caso.
O CASO
Elizeu Júnior sofreu o atentado quando estava em um churrasquinho, no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió. O autor dos disparos não foi localizado. Júnior Barbosa foi preso em 2014, suspeito de chefiar um grupo de extermínio com atuação em bairros da chamada parte baixa de Maceió. Segundo a polícia, a organização criminosa usava áreas como "cemitério".
Os locais para enterrar os corpos das vítimas, indicados em denúncia anônima, seriam o Polo Multissetorial do Tabuleiro do Martins, em Maceió, e o povoado Massagueira, em Marechal Deodoro, município da região metropolitana da capital.
O grupo era acusado de atrair e matar pessoas supostamente envolvidas em tráfico e furtos na região do Trapiche da Barra e Ponta Grossa, região que seria dominada por Júnior Barbosa.