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Família questiona morte de jovem com tiro na cabeça e cobra resultado de perícia

Para a família, há algumas perguntas ainda sem resposta sobre como tudo ocorreu

Os familiares de Thayanne Kamilla Almeida Melo Freitas, de 27 anos, acreditam que há motivos fortes para questionar, mesmo depois de 7 meses, a maneira trágica como a morte da jovem aconteceu.

No início deste ano, em fevereiro, a família recebeu a triste notícia de que Thayanne tinha tirado a própria vida. A situação impactou profundamente os familiares, que ficaram atônitos e incrédulos sobre o ato. Para a família há algumas perguntas ainda sem resposta sobre como tudo ocorreu.

A jovem morreu após ser atingida com um tiro na cabeça dentro de seu apartamento, localizado na Avenida Jorge Montenegro de Barros, na Santa Amélia. A Polícia Militar esteve no local, assim com o Samu, que só constatou o óbito.

A vítima apresentava uma lesão por arma de fogo na região frontal esquerda e morreu antes de receber atendimento médico.

Após o crime, os peritos da Polícia Científica fizeram levantamentos no local e coletaram material residuográfico nas mãos de Thayanne e de seu esposo. Contudo, já se passaram sete meses e o caso ainda não teve desfecho, deixando, segundo familiares, margem para vários questionamentos.

As pessoas mais próximas da jovem afirmam que Thayanne era extrovertida, inspirada, religiosa, e não dava sinais que interromperia sua vida com as próprias mãos. Formada em Direito, tendo participado de alguns concursos públicos, era ativa e não dava sinais de que cometeria tal ato.

A advogada da família, Vanessa Correia, relata que a jovem enfrentava silenciosamente um processo de separação que ninguém da família sabia. “No dia da morte, a reação do esposo de Thayanne foi procurar a tia, que a criou para informar que eles estavam se separando. Ninguém da família sabia da separação, trazendo muita inquietação. As redes sociais dela não apontam nenhum indicativo de que o casal estivesse em crise, já que a última postagem dela foi sobre uma viagem feita pouco antes pelos dois".

"A cerimônia de casamento foi cinematográfica, e de repente ela acabar com a própria vida de forma abrupta?”, questiona a representante legal da família de Thay, como era chamada.

Ainda, segundo a advogada: "Thay tinha encerrado uma conversa por telefone com uma amiga às 11h53 e sua morte foi constatada dez minutos depois. “A família quer a verdade, não quer que fiquem dúvidas. Ela conversava com uma amiga ao telefone, encerrou a chamada às 11h53 e ao meio-dia o esposo dela ligou para família avisando que ela tinha se matado.

Após a situação, todo mundo passou a se questionar", afirmou.

O laudo aponta que o tiro atingiu o lado esquerdo da cabeça, mas ela era destra. Várias pessoas estiveram no local. A família questiona que ela não estava só quando morreu. Além disso, após a perícia inicial, o local foi liberado limpo. Então, são vários questionamentos”, informou.

Para a advogada, o inquérito sobre a morte da jovem está parado no 25º Distrito Policial sob a alegação de que a perícia não está concluída e que para liberar os laudos é preciso o resultado do exame residuográfico, que ainda está inconcluso, em virtude do equipamento estar quebrado.

“Queremos que o inquérito caminhe. No dia da morte, os peritos coletaram material das duas mãos de Thayanne e de uma das mãos do esposo. Há sete meses, o equipamento utilizado para realizar o exame residuográfico está quebrado e por conta disto não foi concluído. Fizemos ainda alguns questionamentos à perícia e queremos que os requerimentos sejam respondidos. O inquérito está estagnado, precisamos de resultados e eles não estão vindo. Devido ao tempo, não sabemos também como o material está sendo armazenado e quanto tempo pode esperar para ser uma prova idônea”, disse a advogada.

Parentes e amigos de Thayanne Kamilla Almeida Melo Freitas realizam campanha na internet para cobrar desfecho de investigação

O delegado titular do 25° distrito policial, Alcides Andrade, aguarda os resultados dos exames periciais para poder avançar no inquérito

Já a Polícia Científica justifica a não conclusão da perícia com a nota abaixo:

A Polícia Científica do Estado de Alagoas informa que a manutenção realizada no equipamento utilizado para realizar exames residuográficos foi concluída na semana passada, e que a equipe do Laboratório de Química do Instituto de Criminalística retornou a fazer o referido exame, seguindo a ordem cronológica de chegada das solicitações das análises.

Em relação ao caso específico, da morte de uma jovem no bairro da Santa Amélia, o Instituto de Criminalística informa que o material coletado já se encontra em fase de análise, mas que órgão só se pronunciará sobre o caso ao término dos exames e conclusão dos laudos para não atrapalhar as investigações.