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Esposa identifica militares que abordaram Jonas Seixas antes do desaparecimento

Angélica Maria prestou depoimento à Polícia Civil na última terça-feira

A esposa de Jonas Seixas da Silva, desaparecido há mais de um mês após ser abordado por uma guarnição militar, na Grota do Cigano, em Maceió, apontou nomes de prováveis suspeitos do episódio.

Em depoimento à Polícia Civil (PC), na última terça-feira (10), Angélica Maria da Silva revelou a identificação dos policiais que entraram na residência onde ela mora em busca do pedreiro, sem apresentar, segundo ela sustenta, uma ordem judicial.

Esta novidade foi divulgada pelo presidente em exercício da Comissão de Direitos Humanos da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] em Alagoas, Daniel Gueiros. O advogado acompanhou o interrogatório, ocorrido no prédio da Delegacia Geral da Polícia Civil.

Por ter delatado os militares que procuravam pelo marido, ainda não se fala oficialmente em pedido de proteção à testemunha para a esposa de Jonas Seixas. Ela não relatou ameaças e ainda aguarda o desfecho da investigação por parte da Polícia Judiciária, sobretudo o paradeiro do esposo, de 32 anos.

De acordo com Daniel Gueiros, no depoimento, Angélica citou nomes de outras testemunhas da abordagem feita a Jonas. Ela sustenta que várias pessoas viram quando o pedreiro foi colocado na mala de uma viatura policial para ser levado à Central de Flagrantes, o que não aconteceu.

"Ela alega que os militares entraram em sua residência sem apresentar qualquer mandado judicial perguntando pelo marido dela. Não o encontraram e saíram. Algum tempo depois, fizeram a abordagem e o colocaram na viatura dizendo que iriam levá-lo à delegacia. A esposa relata que foi até a Central em um transporte particular e não viu o marido mais. Percorreu hospitais, delegacias e o IML, sem sucesso".

O desaparecimento de Jonas Seixas está sendo acompanhado pela OAB, pelo Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) e pelo Ministério Público Estadual (MPE). Todos pediram esclarecimentos à Corregedoria da Polícia Militar e à Polícia Civil para que identifiquem os militares envolvidos na abordagem e descubram o que aconteceu.

Os delegados Eduardo Mero, Rosimeire Vieira e Bruno Emílio integram a comissão designada para investigar o sumiço de Jonas. A apuração segue em sigilo.

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