O gerente de futebol do FF Sport Nova Cruz, Anderson Salgueiro, apontado como suspeito de esfaquear o lateral esquerdo João Guilherme, de apenas 21 anos, conhecido como Cabelinho, se apresentou à polícia, nesta quinta-feira (14). Segundo a polícia, o empresário estava escondido na casa de amigos desde o dia do crime. Ele deve passar por exame de corpo de delito e, em seguida, ser encaminhado à Central de Flagrantes.
De acordo com o delegado Ronilson Medeiros, o suspeito se apresentou junto com um advogado no Cisp da cidade do Pilar. Contra ele, já havia um mandado de prisão pelo crime de roubo, no município de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco.
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Durante depoimento, o empresário contou sua versão para o dia da tentativa de homicídio. Segundo o delegado, Anderson deu uma versão diferente da vítima sobre o ocorrido no dia do crime. “Naquela manhã, o Cabelinho estaria entrando no ônibus e ele barrou a entrada na porta mesmo e falou que ele estaria desvinculado (do time). Sem mais conversa, o Cabelinho teria dito que não era menino, que não iria ficar assim e que ele iria pagar. Nessa situação, o Cabelinho teria jogado um copo de café quente no rosto dele, que foi até a cozinha e se armou. E foi quando ocorreu toda a trama”, afirmou o delegado em entrevista à TV Pajuçara.
Para o delegado, o empresário disse que recebeu informações de que o jogador teria ido para uma festa na noite anterior, o que não era permitido e, por isso, ficou chateado.
Além do crime contra o jogador, Anderson tinha um mandado de prisão em aberto pelo crime de roubo, cometido na cidade de Salgueiro, interior de Pernambuco. “Entramos em contato com o fórum local e ele nos enviou o mandado que constava lá e ele está sendo preso pelos dois mandados de prisão”, relatou o delegado.
O empresário disse que desde o dia do crime ficou escondido na casa de amigos até procurar o advogado e se apresentar à polícia, no dia hoje.
Defesa
O advogado de defesa do dirigente, Cladson Calazans, disse que ele mostrou bastante arrependimento no momento em que o procurou. O profissional falou que ainda não teve acesso ao processo e que vai se inteirar melhor a respeito da denúncia e dos depoimentos de testemunhas.
Cladson destacou também que, quando fugiu do Pilar após o crime, Anderson Salgueiro foi para Maceió e, depois, procurou alguns amigos para ficar na casa deles, revezando os locais. Sobre o mandado contra Anderson pelo crime de roubo, oriundo do município de Salgueiro-PE, o advogado pontuou que ele e o cliente só tomaram conhecimento da situação ao chegarem à delegacia.
"Vamos analisar tudo e buscar a melhor forma de defendê-lo", afirmou o advogado durante entrevista.
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