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Caso Jonas: GPS de rádios confirma versão de militares sobre itinerários

Comandante do Bope major César Monte explicou que, com os dados, foi possível confirmar a rota e o horário exato que a viatura esteve no local

O GPS do sistema de radiocomunicação de dois dos militares envolvidos no desaparecimento do pedreiro Jonas Seixas da Silva, que sumiu após uma abordagem ocorrida no dia 9 de outubro, na Grota do Cigano, no bairro do Jacintinho, confirmou o itinerário apontado pelos investigados em depoimento na Corregedoria da Polícia Militar, nesta terça-feira (1º).

De acordo com os militares,eles liberaram o pedreiro próximo ao viaduto de Jacarecica. De acordo com o responsável pelas apurações no âmbito administrativo da Polícia Militar, comandante do Bope major César Monte, com os dados do GPS, foi possível confirmar o itinerário e o horário exato que a viatura esteve no local.

"O sistema é enviado de forma crua. Recebemos um relatório e são vários equipamentos de rádio. Pelo mapeamento inicial de dois rádios, realmente tem esse itinerário. Recebi outra planilha com os horários, de hora em hora. Agora vou solicitar de minuto a minuto para saber o tempo que eles passaram no local", explicou o comandante do Bope major César Monte.

No entanto, ainda é preciso analisar outros rádios e as imagens das câmeras de segurança para confirmar a versão dos envolvidos. Ainda segundo o comandante, as câmeras de segurança da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) não registraram imagens do caso. "Os horários batem com a informação do rádio. Com o itinerário, vou buscar as imagens das câmeras de segurança dos estabelecimentos próximos". O comandante destacou ainda que os militares já chegaram a buscar as imagens, mas não encontraram.

Em relação a denúncia da esposa de Jonas, Angélica Maria da Silva, que os policiais teriam entrando na residência onde ela mora em busca do pedreiro, sem apresentar uma ordem judicial, major César Monte informou que vai checar a versão da família e dos militares. "No depoimento deles, eles alegam que não fizeram busca nenhuma na residência. Disseram que Jonas foi abordado e detido na rua e não informou onde era sua residência. Vou solicitar que a sra. Angélica traga testemunhas e checar cada versão".

Relembre o caso

Jonas Seixas da Silva desapareceu no dia 9 de outubro na Grota do Cigano, no Jacintinho. Segundo familiares dele, policiais invadiram a casa onde ele morava com a esposa sem apresentar mandado e vasculharam um dos quartos. No momento do ocorrido, Jonas, que faz bico de pedreiro pela cidade, estava trabalhando.

No caminho para casa, Jonas foi abordado pelos policiais e colocado no porta malas da viatura. Segundo a esposa dele, Jonas estava pedindo água e com spray de pimenta nos olhos. Os militares a informaram que ele seria levado para a Central de Flagrantes mas, desde então, não foi visto.

Uma comissão de delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi criada para investigar o caso do desaparecimento, e a PM abriu processo administrativo para apurar a conduta dos militares.

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