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Após negativa de agressão e tortura, comissão vai investigar a morte de Danilo

Linhas de investigação serão trabalhadas em paralelo; padrasto e mãe da criança não estão, oficialmente, entre os suspeitos

Uma comissão de delegados passa a integrar, a partir de agora, a investigação a respeito da morte do menino Danilo Almeida, de 7 anos, assassinado em Maceió no último fim de semana. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (17) pelo coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Eduardo Mero, durante entrevista coletiva. Ele ressaltou, no entanto, que o delegado Bruno Emílio continuará à frente dos trabalhos e negou que tenha havido qualquer tipo de tortura ou agressão contra a mãe e o padrasto da criança para que eles assumissem a autoria do crime.

"A denúncia de tortura feita pelos pais é totalmente descabida. O procedimento realizado foi regular, técnico e legal de oitiva de testemunhas. O delegado Bruno Emílio continuará no caso, como protagonista, e nós vamos passar a integrar a equipe de investigação para que possamos chegar, o mais rápido possível, aos responsáveis pelo crime", afirmou Eduardo Mero, destacando que a nomeação dos delegados para compor a comissão de investigação será publicada no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (18).

De acordo com o delegado Thiago Prado, existem várias linhas de investigação que, a partir da criação da comissão, passarão a ser trabalhadas em paralelo. "É um caso complexo, um crime bárbaro, que depende de uma resposta rápida. O objetivo é provarmos, o mais rápido possível, quem é o autor do homicídio", destacou.

"Os pais não são oficialmente suspeitos. Eles que se autointitularam como suspeitos com esta atitude de trazer informações falsas sobre o trabalho da polícia. O caso não leva a crer que a criança tenha sido vítima de um ritual de magia. Não podemos garantir, porém, adiantamos que não há marcas que são compatíveis com o ritual de magia. Esta hipótese está aterrorizando a população e nós achamos importante informar que não há evidência nenhuma de que essa tenha sido a motivação do crime", disse o Fábio Costa.

"Havia informações conflitantes entre os depoimentos da mãe e do padrasto. Não íamos divulgar esta informação, porém, como eles foram à imprensa divulgar informações falsas e absurdas a respeito do delgado Bruno Emílio e de sua equipe, então precisamos vir a público defender o trabalho do delegado e tornar públicas essas informações contraditórias, que, certamente, causaram desconforto entre eles", completou o delegado Eduardo Mero.

Já foram ouvidas mais de 10 pessoas, entre familiares e testemunhas, mas nenhum detalhe da investigação foi passado. O delegado Bruno Emílio, à frente dos trabalhos, estaria em diligência nesta quinta-feira e, por isso, não pode participar da coletiva.

Daniel Almeida, o irmão gêmeo da vítima, que estava com ele quando foi levado, já foi ouvido pela psicóloga da Delegacia de Homicídios. Segundo a polícia, é possível que a mulher de cabelos verdes, que teria sido a responsável pelo sequestro da criança, não exista, e que o menino tenha sido sugestionado a criar esse "personagem".

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