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Alagoas teve uma média de 20 casos de violência contra a mulher em julho

Ao todo, estado já registrou mais de 5 mil ocorrências em 2024


				
					Alagoas teve uma média de 20 casos de violência contra a mulher em julho
Alagoas teve uma média de 20 casos de violência contra a mulher em julho. Divulgação

Em 2024, Alagoas registrou um número alarmante de casos de violência doméstica contra a mulher, com 5.199 ocorrências até o final de julho. Apenas no mês passado, foram contabilizados 631, resultando em uma média de 20 ocorrências por dia. Em 2023, foram registrados 8.761 casos.

O mês que registrou o maior número de casos foi março, com 852, enquanto janeiro e fevereiro somaram 788 e 771, respectivamente. Mesmo nos meses com menor número de denúncias, como junho (651) e maio (728), os dados mostram que ainda é preciso combater esse tipo de crime.

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Desde o início do ano, foram concedidas 3.754 medidas protetivas em Alagoas, um número que já se aproxima das 5.863 registradas ao longo de todo o ano de 2023. Em 2022, esse número foi de 3.512. Os números mostram que cada vez mais as mulheres estão pedindo ajuda e procurando a Justiça.

A delegada Kelly Cristina, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM 2), destaca que esse aumento não se deve apenas ao crescimento dos casos, mas também à maior conscientização das mulheres sobre seus direitos e à confiança nas instituições de segurança. "Houve e continua existindo um aumento no que se refere ao comparecimento de mulheres nas delegacias de atendimento especializado à mulher, bem como no requerimento de medidas protetivas", explica a delegada.

Esse movimento de maior procura por proteção é reflexo da implementação da Lei Maria da Penha, que completa 18 anos nesta quarta-feira (7). Desde sua promulgação em 2006, a lei se tornou um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, criando mecanismos para coibir agressões e garantir a segurança das vítimas. A lei não só aumentou as penas para agressores como também estabeleceu a criação de varas especializadas e delegacias de atendimento à mulher, além de prever medidas protetivas de urgência para afastar os agressores.

“Embora os números tenham melhorado, ainda há mulheres que deixam de denunciar devido ao medo, vergonha, receio da situação dos filhos, dependência econômica e, sobretudo, a emocional. Muitas sofrem anos caladas até que decidem procurar uma delegacia. Tanto isso é verdade que a maioria das mulheres vítimas de feminicídio não estavam com medidas protetivas de urgência”, ressaltou.

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