Uma nave não tripulada da Nasa inicia uma aproximação recorde do sol por volta das 8h53 (horário de Brasília) desta terça-feira (24). A agência espacial americana prevê que a sonda solar Parker chegue a 6,1 milhões de quilômetros da superfície do Sol, distância nunca conquistada. O pico da proximidade, no entanto, só deve se dar à meia-noite da sexta-feira (27).
Para conquista o objetivo, a sonda voará a 692.000 quilômetros por hora, rápido o suficiente para ir de Washington a Tóquio em menos de um minuto, segundo a Nasa. A agência afirma que, se o feito for bem-sucedido, a sonda se tornará o objeto criado pela humanidade mais rápido da história.
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Esta será a primeira de três aproximações que ainda faltam para que a sonda parker complete sua missão, lançada em 12 de agosto de 2018. As outras duas aproximações ao Sol estão previstas para ocorrer em 22 de março e 19 de junho de 2025.
Este é um dos principais momentos idealizados para a missão de 2018. Antes, no entanto, a sonda já conquistou grandes sucessos, como em dezembro de 2021, quando ela se tornou a primeira espaçonave a “tocar o Sol” ao voar com sucesso próxima à coroa solar, ou atmosfera superior, para coletar amostras de partículas e dos campos magnéticos da estrela.
Nos últimos seis anos, a sonda solar Parker coletou dados para esclarecer a cientistas alguns dos maiores mistérios do Sol. O objetivo compreender melhor o fluxo da energia que está no entorno do astro, estudar o aquecimento da coroa solar e explorar o que acelera o vento do Sol.
Para completar sua missão, a sonda foi construída com um escudo composto de carbono de cerca de 11,4 centímetros de espessura e 2,4 metros de largura que pode suportar temperaturas que chegam a quase 1.400ºC. A previsão dos cientistas é de que a sonda enfrente temperaturas de até 980ºC nesta terça.
A espaçonave chegará tão perto do Sol que, se a distância entre ele e a Terra fosse o comprimento de um campo de futebol americano, a espaçonave estaria a cerca de 3,5 metros da end zone (linha final antes do fim do campo), conforme comparações da Nasa.
Nessa proximidade, a sonda será capaz de voar em plumas de plasma, bem como dentro de uma erupção solar, caso alguma seja liberada pelo Sol.
No momento em que “tocar o Sol” novamente, a sonda Parker não terá contato com a Terra, ficando desconectada até o dia 27 de dezembro — data prevista para ela dar um sinal de que completou a missão e de que o veículo está íntegro.
A nave Parker continuará na órbita do Sol até completar mais duas voltas no astro e finalizar a missão. No total, desde 2018 até o final da missão em 2025, a espaçonave completará 24 voltas ao redor da estrela.
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