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Programa Mundial de Alimentos da ONU ganha Nobel da Paz

O programa da ONU foi laureado pelos seus esforços em combater a fome

O prêmio Nobel da Paz de 2020 foi concedido ao Programa Mundial de Alimentos da ONU, que combate a fome no mundo, nesta sexta-feira (9).

Segundo a Academia Sueca, o programa foi premiado "pelos seus esforços para combater a fome, pela sua contribuição para melhorar as condições para a paz em áreas afetadas por conflitos e por atuar como força motriz nos esforços para prevenir o uso da fome como arma de guerra e conflito".

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A organização atua em situações de emergência e em países afetados por conflitos, onde há mais risco de desnutrição.

O porta-voz do Programa Mundial de Alimentos, Tomson Phiri, disse que o prêmio para a agência "é um momento de orgulho". Ele participava de um encontro semanal na sede das Nações Unidas em Genebra quando foi surpreendido com o anúncio do Nobel.

"Este ano nós tivemos que atender a uma convocação para agir", disse Phiri, se referindo ao atendimento às vítimas da fome durante a pandemia do novo coronavírus.

Segundo a organização do Nobel, o programa já seria um merecedor do prêmio sem a pandemia, mas com a Covid-19 os motivos ficaram mais evidentes: a comida está menos disponível. Nesse cenário, "o programa da ONU demonstrou uma habilidade impressionante de intensificar seus esforços", afirmou o comitê.

Necessidade de cooperação multilateral

"A necessidade de solidariedade internacional e cooperação multilateral é mais evidente do que nunca", disse a presidente do conselho do Nobel, Berit Reiss-Andersen, em uma coletiva de imprensa após o anúncio.

Para decidir o vencedor do prêmio, a organização levou em conta que a cooperação multilateral é necessária para combater a fome.

"Aparentemente, há uma falta de respeito ao multilateralismo no passado recente", disse Reiss-Andersen.

Milhões de pessoas em 88 países

O órgão ligado à ONU tem sede em Roma e é a maior entidade que combate os problemas de fome e promove segurança alimentar no mundo --a cada ano, o Programa de Alimentos deu auxílio a cerca de 97 milhões de pessoas, em 88 países, de acordo com sua página na internet.

A projeção feita pelo Programa é que em um ano pode haver até 265 milhões de pessoas ameaçadas pela falta de comida, disse Reiss-Andersen. "Isso [a premiação] também é um apelo à comunidade internacional para não deixar o Programa Mundial de Alimentos sem fundos", afirmou ela.

"Agradecemos ao comitê do prêmio por honrar o Programa Mundial de Alimentos com o Nobel da Paz 2020. Esse é um lembrete poderoso para o mundo de que a paz e o combate à fome caminham lado a lado", afirmou o Programa em sua conta em uma rede social.

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu, celebrou o prêmio para o programa. Em uma rede social, Dongyu agradeceu a comunidade internacional pelo reconhecimento da importância da segurança alimentar.

"Temos muito orgulho de ter trabalhado com o Programa, fundado em 1961 como uma subsidiária da FAO para a assistência alimentar, e vem trabalhando há décadas para acabar com a fome", escreveu Dongyu.

O vencedor do Nobel é decidido por um comitê eleito pelo parlamento da Noruega.

Vencedores de outros anos

Outras 134 pessoas ou instituições já receberam esse prêmio no passado. Em 2019, o vencedor foi Abiy Ahmed, o primeiro-ministro da Etiópia. No ano anterior, Denis Mukwege, um congolês, e Nadia Murad, uma iraquiana ganharam o Nobel da Paz (os dois são militantes que combatem o fim da violência sexual em guerras e conflitos armados).

Juan Manuel Santos, o ex-presidente da Colômbia, foi o último latino-americano que levou o prêmio.

Houve outros anos em que os vencedores foram instituições: em 2012, foi a União Europeia; no ano seguinte, a Organização para Proibir Armas Químicas e em 2017, a Campanha Internacional pra Abolir Armas Nucleares.

Neste ano já foram entregues os seguintes prêmios:

  • Literatura: Louise Glück
  • Física: Roger Penrose, Reinhard Genzel e Andrea Ghez
  • Química: Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna
  • Medicina: Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice

Na segunda-feira (12) será anunciado o Nobel de economia, a última premiação de 2020.

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