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Presidente interino do Peru renuncia após ficar menos de uma semana no cargo

Ele assumiu após o impeachment de Martín Vizcarra, mas enfrentou protestos todos os dias desde que virou presidente interino

O presidente interino do Peru, Manuel Merino, renunciou ao cargo neste domingo (15), o seu quinto dia no poder.

Ele enfrentava uma onda de protestos que pediam a sua saída. Nesses atos, duas pessoas morreram. Também houve pessoas feridas.

"Quero tornar público para todo país que apresento minha renúncia irrevogável", declarou Merino em uma mensagem transmitida pela televisão, o que deu início a uma celebração imediata nas ruas de Lima.

O Congresso deve agora nomear um novo presidente que consiga pacificar o país.

O escolhido será o terceiro presidente em menos de uma semana, em um país duramente atingido pela pandemia do coronavírus e pela recessão econômica. O Peru mergulhou em uma crise política quando o Congresso removeu o presidente popular Martín Vizcarra em um julgamento a jato na segunda-feira.

Merino disse que, para que não haja "vácuo de poder", os 18 ministros que ele empossou na quinta-feira permanecerão no cargo temporariamente, embora praticamente todos tenham renunciado após a repressão aos manifestantes no sábado.

Congressistas contra Merino

O atual líder do Congresso, Luis Valez, já havia dito neste domingo (15) que os líderes haviam concordado em pedir a renúncia imediata de Merino.

Duas pessoas morreram no sábado durante a repressão aprotestos contra a presidência de Merino.

O coordenador nacional de direitos humanos do Peru disse que 102 pessoas ficaram feridas e pelo menos 41 estão desaparecidas. O Ministério da Saúde informou que 63 pessoas foram hospitalizadas após sofrerem ferimentos ou inalar gás lacrimogêneo. Pelo menos nove tiveram ferimentos a bala, disseram as autoridades.

A saída de Vizcarra

No dia 9 de novembro, Martín Vizcarra deixou formalmente o governo após o Congresso aprovar um impeachment por "incapacidade moral". O ex-presidente foi derrubado acusado de receber propinas quando era governador em 2014, o que ele nega.

Dos 130 parlamentares, 105 votaram pelo impeachment.

A decisão aconteceu poucos meses antes das eleições presidenciais, marcadas para abril de 2021, e gerou grande descontentamento popular.

Desde então, peruanos fizeram marchas e atos políticos nas ruas para protestar contra a destituição de Vizcarra. No sábado, os manifestantes lotaram as praças no centro de Lima.

Nem todos os manifestantes são apoiadores de Vizcarra, de acordo com uma reportagem da BBC. A maioria se opõe à medida que o Congresso tomou contra o ex-presidente.

Um outro congressista no poder

De acordo com a imprensa peruana, Merino voltará ao Congresso.

Os parlamentares agora precisarão se reunir e eleger uma nova mesa diretora. O seu líder será o novo presidente interino do Peru.

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