O atual presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, foi reeleito no último domingo (8/9) para um novo mandato no país africano com 95% dos votos. Mas em uma atitude surpreendente, o político no poder desde 2019 se juntou à oposição, e contestou a própria vitória.
Um relatório preliminar da Autoridade Eleitoral Independente da Argélia (ANIE) apontou a participação de 48% dos eleitores na votação, em que Tebboune era apontando como o favorito.
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No entanto, o número de pessoas que votaram foi revisado posteriormente para 5,6 milhões, dos cerca de 24 milhões de eleitores do país, o equivalente a menos de um a cada quatro argelinos habilitados a votar.
Com a confusão nos números, a oposição alegou irregularidades e acusou a ANIE de publicar resultados contraditórios.
Horas depois, Tebboune se juntou a seus concorrentes e assinou uma declaração conjunta com Abdelali Hassani Cherif e Yocef Aouchiche, que também disputaram o pleito, questionando os dados divulgados.
Até o momento, não se sabe o que deve acontecer após a contestação, nem o significado da decisão de Tebboune de levantar suspeitas sobre a própria vitória.